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Ambev tem queda no lucro com despesa financeira e desempenho fraco no Brasil

04/05/2016 08h37

SÃO PAULO (Reuters) - A gigante de bebidas Ambev teve lucro líquido de R$ 2,89 bilhões de janeiro a março, queda de 2,3% sobre o mesmo período do ano anterior, diante de maior despesa financeira e com o desempenho negativo no Brasil pesando apesar de resultados sólidos no exterior.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado ficou em R$ 5,26 bilhões, avanço anual de 3,8%, informou a empresa nesta quarta-feira (4).

A receita líquida avançou 7,4%, a R$ 11,57 bilhões, enquanto o volume vendido consolidado caiu 7,5%.

A empresa teve um início de ano fraco no Brasil, com queda de 8,5% no volume vendido no país e com baixa de 10% no volume de cerveja.

Além do cenário recessivo da economia, a empresa disse que foi impactada pela base difícil de comparação com o Carnaval mais cedo e aumentos de preço para mitigar impostos, o que também levou a perda na participação de mercado.

"Nossos resultados do primeiro trimestre confirmaram que 2016 será um ano desafiador", disse a empresa, acrescentando porém, que o desempenho do primeiro trimestre havia sido antecipado.

"Esperamos que nossa performance de receita líquida e Ebitda acelere nos próximos trimestres, principalmente no Brasil".

A Ambev afirmou que, apesar de o cenário econômico continuar adverso no país, a base de comparação difícil do primeiro trimestre já passou "e os volumes de abril refletem isso, com uma tendência significativamente melhor do que os meses anteriores", disse, reiterando projeções para o país no ano.

A receita líquida no Brasil caiu 4%, a R$ 6,26 bilhões. No exterior, houve crescimento da receita de 1,8% na América Latina Norte, alta de 62,3% na América Central e Caribe, aumento de 13,1% na América Latina Sul e incremento de 32,3% no Canadá.

O lucro líquido da Ambev foi impactado ainda por resultado financeiro negativo em R$ 1,17 bilhão, ante despesa de R$ 481,7 milhões um ano antes.

O custo dos produtos vendidos subiu 9,6%, enquanto as despesas com vendas, gerais e administrativas avançaram 11,7% sobre o primeiro trimestre do ano passado.

(Por Priscila Jordão)