Caixa Econômica Federal não tem 'esqueleto', diz vice-presidente
SÃO PAULO (Reuters) - A Caixa Econômica Federal não tem operações inadimplentes escondidas e não precisará de nenhum aumento de capital para cobrir eventuais perdas não conhecidas, disse nesta segunda-feira (9) à agência de notícias Reuters o vice-presidente de finanças da instituição, Marcio Percival.
"Não estamos escondendo nada; o nosso balanço é totalmente transparente", disse Percival, em entrevista. A declaração vem num momento em que analistas de mercado têm afirmado que o banco estatal tem minimizado seus números de inadimplência.
A Caixa divulgou mais cedo que seu índice de inadimplência acima de 90 dias fechou o primeiro trimestre em 3,51%, leve recuo de 0,04 ponto sobre dezembro, mas alta de 0,66 ponto sobre um ano antes.
Segundo Percival, o índice de calotes acima de 90 dias pode subir ligeiramente, podendo chegar a até 3,8% no fim de 2016, mas o banco está preparado para compensar essa evolução com maiores receitas nas operações de crédito, fruto do repasse de taxas maiores.
Reservas para calotes
O executivo comentou que o banco fez uma provisão de R$ 700 milhões no primeiro trimestre relacionada a perdas com empresa da área de óleo e gás. Há alguns dias, o Bradesco divulgou provisão de R$ 836 milhões também relacionada a um cliente da área de óleo e gás.
Sócios da afretadora de sondas para exploração de petróleo Sete Brasil aprovaram recentemente pedido de recuperação judicial da empresa. Os bancos Itaú Unibanco, Bradesco, Santander Brasil e os estatais Caixa e Banco do Brasil tinham renovado linhas de crédito à empresa em fevereiro.
Percival afirmou ainda que a carteira de crédito da Caixa deve crescer ao redor do piso da faixa estimada para 2016, de 7% a 11%.
O executivo afirmou também que a Caixa prevê que poderá retomar a oferta pública inicial de ações (IPO) da Caixa Seguridade ainda neste ano e que planeja criar a joint-venture de loterias Lotex.
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