Decisão do Reino Unido de deixar UE aumenta incerteza sobre economia global
LONDRES/SYDNEY (Reuters) - A primeira indicação de como a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia (UE) vai afetar a economia global virá das pesquisas empresariais, com os dados mais objetivos em seguida --uma defasagem que aumenta a incerteza em relação ao crescimento.
Antes do referendo na quinta-feira (23), a maioria das instituições econômicas globais haviam alertado sobre danos colaterais no caso de o Reino Unido sair da UE, com o Fundo Monetário Internacional (FMI) listando a votação como um importante risco global.
Bancos centrais reconhecem os perigos e deixaram claro que vão acionar suas ferramentas para acalmar os mercados.
O FMI pediu uma transição suave e os líderes financeiros do G7 disseram em comunicado que estão monitorando os desdobramentos do mercado, reconhecendo que movimentos desordenados nas taxas de câmbio podem prejudicar a estabilidade econômica e financeira.
Os alertas sobre os riscos à economia global acompanham sinais de que o crescimento em todo o mundo pode estar desacelerando.
Nesta sexta-feira (24), após a votação, autoridades governamentais e economistas de bancos de investimentos estavam de sobreaviso.
Economia mais frágil
"A economia global estava frágil antes e está mais hoje", escreveram economistas do Citi em relatório.
Mas enquanto mercados financeiros reagem instantaneamente a choques como esse, o impacto mais profundo sobre as economias leva mais tempo. As preocupações daqueles que contratam, comercializam e tomam decisões de investimento podem piorar e aumentar.
"Veremos o impacto nas pesquisas de confiança do consumidor e empresarial inicialmente. Mais tarde vai aparecer nos dados mais objetivos", disse a economista-chefe do Standard Chartered Bank Sarah Hewin.
Um foco particular, segundo ela, será os Índices de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), que acompanha as intenções empresariais globais em indústria e serviços.
Embora não seja certo que a decisão britânica tenha um impacto global tão grande como o FMI e outros tem sugerido, muitos economistas acreditam que isso acontecerá mesmo.
"Na economia real, definitivamente o PIB global será afetado, o PIB dos EUA, o PIB do Japão, o PIB de todo lugar", disse o presidente do Sumitomo Corp Global Research em Tóquio, Bob Takai.
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