Economia dos EUA cresce 1,2% no 2º tri com queda dos estoques, menos que o esperado
A economia dos Estados Unidos cresceu bem menos do que o esperado no segundo trimestre uma vez que os estoques caíram pela primeira vez em quase cinco anos, mas a alta dos gastos do consumidor indica força implícita.
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu a uma taxa anual de 1,2%, após avanço ao ritmo revisado de 0,8% no primeiro trimestre, informou o Departamento do Comércio nesta sexta-feira (29). Anteriormente havia sido divulgada expansão de 1,1 por cento% no primeiro trimestre.
Economistas consultados pela Reuters esperavam expansão de 2,6% no segundo trimestre.
Embora a queda nos estoques tenha pesado sobre o crescimento do PIB no trimestre passado, ele deve dar um impulso à produção para o resto do ano. Excluindo os estoques, a economia cresceu a uma taxa de 2,4%. A medida de demanda doméstica expandiu 2,7%.
O Federal Reserve, banco central norte-americano, disse na quarta-feira que os riscos de curto prazo ao cenário econômico tinham "diminuído".
O governo também publicou revisões dos dados desde 2013 até o primeiro trimestre de 2016. As revisões tratam parcialmente de questões de medição, que tendem a reduzir as estimativas do PIB do primeiro trimestre.
O crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2015 foi revisado fortemente para cima a 2%, ante 0,6% informado anteriormente.
Gastos dos consumidores
Os gastos do consumidor foram responsáveis por quase toda a recuperação do crescimento do PIB no segundo trimestre.
Os gastos dos consumidores, que correspondem a mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, aumentaram a uma taxa de 4,2%. Esse foi o ritmo mais rápido desde o quarto trimestre de 2014.
Essa taxa de crescimento é provavelmente insustentável, mas economistas dizem que o aperto do mercado de trabalho, o aumento dos preços de moradias e as poupanças mais elevadas devem sustentar os gastos pelo resto de 2016.
O acúmulo de estoques por parte das empresas caiu a uma taxa de US$ 8,1 bilhões no segundo trimestre, a primeira queda desde o terceiro trimestre de 2011, ante um aumento de US$ 40,7 bilhões no primeiro trimestre.
Como resultado, o investimento em estoques subtraiu 1,16 ponto percentual do crescimento do PIB no último trimestre, maior peso em mais de dois anos. Esse foi o quinto trimestre consecutivo em que os estoques pesaram na produção.
Apesar dos efeitos prolongados da alta do dólar e da demanda global fraca, as exportações cresceram no segundo trimestre, ajudando a reduzir o deficit comercial. O comércio somou 0,23 ponto percentual ao crescimento do PIB.
Os gastos das empresas em equipamentos se contraíram pelo terceiro trimestre consecutivo, o mais longo período desde a recessão de 2007 a 2009, embora o ritmo de declínio tenha desacelerado. Os gatos das empresas em equipamentos caíram a uma taxa de 3,5%, depois de terem recuado a um ritmo de 9,5% no primeiro trimestre.
Os gastos das empresas foram afetados pelos preços mais baixos do petróleo, que têm comprimido os lucros no setor de energia, forçando as empresas a cortar os orçamentos com gastos de capital.
Economistas dizem que a incerteza com a demanda global e a eleição presidencial nos EUA também estão deixando as empresas cautelosas com os gastos.
O investimento em estruturas não residenciais caiu 7,9%. Houve quedas também no investimento em construção residencial e gastos do governo.
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