Indicador da OCDE sinaliza desaceleração no Reino Unido mas melhora para o Brasil
PARIS (Reuters) - O crescimento vai continuar a desacelerar no Reino Unido na sequência da votação para deixar a União Europeia, apontou o indicador mensal da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) nesta quinta-feira, que mostrou por outro lado melhora para o Brasil.
Houve melhoras entre as principais economias emergentes, segundo a OCDE, com o indicador mostrando que o crescimento está acelerando no Brasil, China e Rússia e se firmando na Índia.
O índice para o Brasil alcançou 100,34 em julho, primeira vez que superar a marca de 100 desde março de 2013.
A OCDE havia suspendido a publicação de seu indicador por dois meses em julho por causa do referendo de 23 de junho no Reino Unido, afirmando que ele poderia tornar os dados enganosos.
Em sua primeira divulgação desde o referendo, a OCDE disse que seu indicador para o Reino Unido subiu para 99,32 em julho, ante 99,29 em junho, mantendo-se abaixo da média de longo prazo de 100.
"Embora ainda haja incerteza sobre a natureza do acordo que o Reino Unido concluirá com a UE, a volatilidade dos dados que surgiram nas semanas imediatamente após o referendo parecem ter reduzido", disse a OCDE.
"Assumindo que este cenário continue nos próximos 6 meses, a avaliação atual para o Reino Unido indica que o crescimento continuará a desacelerar, antes de se estabilizar em torno de uma taxa mais lenta no final do ano", acrescentou.
O indicador mostrou um ritmo de crescimento estável nos Estados Unidos, no Japão e na zona do euro como um todo, incluindo a Alemanha, disse a organização.
O indicador para os EUA caiu para 99,03 em julho de 99,10 em julho, melhorando na China para 99,22 ante 99,02.
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