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Governo de SP prevê venda da Cesp em 2017 e prepara contratação de bancos

Luciano Costa

28/09/2016 16h25

SÃO PAULO, 28 Set (Reuters) - O governo de São Paulo acredita que é possível concluir ainda em 2017 a venda do controle acionário da elétrica estadual Cesp, que já havia sido alvo de tentativas de privatização no passado e agora terá esse processo retomado. 

O secretário de Energia e Mineração do Estado, João Carlos Meirelles, disse a jornalistas nesta quarta-feira (28) que o primeiro passo, já em andamento na administração estadual, será a contratação de um banco e uma empresa especializada que irão assessorar o governo no negócio.

"Está sendo formatado, e assim que formatado vão ser contratados, mediante concorrência pública, dois agentes que vão fazer a modelagem... É uma coisa (a venda do controle) possível de ocorrer no próximo ano, não sei se em meados, no final do ano, mas certamente durante o ano que vem, se os estudos concluírem por essa viabilidade e obviamente se tiver interessados", disse. 

A Cesp possui atualmente 3 hidrelétricas que somam 1,65 gigawatt em capacidade instalada, o que representa uma fração dos 11 gigawatts que a companhia possuía em 1996, quando ainda era 100% estatal.

Privatização

Ativos da elétrica foram fatiados e privatizados, passando para o controle de empresas como as geradoras AES Tietê e Duke Energy e a transmissora Cteep.
Segundo especialistas, um dos problemas a ser enfrentado para a venda da fatia do governo na companhia é, além do tamanho reduzido da empresa atualmente, o excesso de processos judiciais relacionados à sua maior usina, Porto Primavera.

Contudo, o secretário Meirelles afirmou que isso não será um impeditivo para a realização do negócio.

"O que acontece é que isso está naturalmente precificado. Todos escritórios de advocacia fazem avaliação de risco de algumas dessas ações, algumas das quais nós já ganhamos", afirmou.

A elétrica francesa Engie, a chinesa China Three Gorges e a canadense Brookfield são vistas pelo mercado como potenciais interessadas na aquisição da fatia do governo de São Paulo na elétrica.

(Edição de Gustavo Bonato)