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Lucro da Telefônica Brasil sobe 9% no 4º trimestre

Ana Mano

22/02/2017 09h18

SÃO PAULO (Reuters) - A operadora de telecomunicações Telefônica Brasil, dona da marca Vivo, teve lucro líquido de 1,21 bilhão de reais no quarto trimestre, alta de 9 por cento ante mesma etapa de 2015.

O resultado da companhia medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou 3,62 bilhões de reais no trimestre, alta de 5,6 por cento na comparação com um ano antes.

A companhia também anunciou que prevê investir um total de 24 bilhões de reais entre 2017 e 2019 e que pretende pagar 4,1 bilhões de reais em remuneração a acionistas neste ano.

No primeiro resultado apresentado pelo presidente-executivo Eduardo Navarro, que substituiu Amos Genish em novembro, a Telefónica Brasil disse que a receita operacional líquida cresceu 1 por cento, a 10,8 bilhões de reais no trimestre.

Com o objetivo de manter a disciplina financeira e os baixos níveis de endividamento, Navarro afirmou que 2016 foi marcado por uma campanha para reduzir despesas.

Navarro disse que a única linha de despesa a crescer no ano passado foi com a folha de salários, embora em um ritmo mais lento que a inflação.

"Nossa disciplina de custo nunca afetou a qualidade dos serviços prestados", disse ele.

O foco nos clientes com maior renda, particularmente no segmento de celulares pós-pagos, também ajudou a empresa a passar pelos momentos econômicos difíceis.

"Embora o crescimento do número de nossos clientes não seja tão impressionante, a lucratividade por cliente é maior do que a dos nossos concorrentes", disse Luis Plaster, diretor de relações com investidores.

A estratégia ajudou a Telefónica a elevar a margem Ebitda para 33,3 por cento, maior que nos demais trimestres do ano passado, disse Plaster.

Com os serviços de voz representando cada vez menos da receita total, a Telefônica Brasil se concentrará na expansão de dados móveis e redes de fibra para casa como meio de manter a maior receita por usuário na indústria.

"Nossa estratégia foi fornecer serviços 4G em cidades selecionadas", disse Navarro, explicando que a empresa se concentrou em mercados-chave incluindo capitais como São Paulo e Rio de Janeiro.