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Wall St recua em sessão dramática com cancelamento da votação do sistema de saúde nos EUA

24/03/2017 18h50

Por Lewis Krauskopf

(Reuters) - Uma sessão dramática em Wall Street nesta sexta-feira terminou com os índices em ligeira queda, com redução das perdas no fim da tarde, depois que os republicanos retiraram de votação o projeto de lei para reformar o sistema de saúde dos Estados Unidos.

O índice Dow Jones caiu 0,29 por cento, a 20.596 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 0,08 por cento, a 2.343 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 0,19 por cento, a 5.828 pontos.

O S&P 500 subiu brevemente para o território positivo antes de recuar e voltar ao vermelho, na medida em que os republicanos desistiam da votação por falta de votos, pouco antes dos mercados fecharem, deixando os investidores avaliarem como o fracasso do projeto afetaria a agenda econômica mais ampla de Trump.

Investidores estavam preocupados no início da semana de que o fracasso do projeto de lei, que teria desmantelado a lei de saúde conhecida como Obamacare, seria um sinal negativo para a capacidade do governo Trump de promover sua agenda econômica, incluindo a reforma tributária.

No entanto, alguns analistas e investidores enxergam um fracasso do projeto de lei como um catalisador para fazer avançar a reforma fiscal em particular.

"Agora que eles tiraram a questão da saúde, acho que o mercado está mais otimista de que eles possam fazer outras coisas que são mais factíveis e não tão complicadas, como a reforma regulatória e a redução de impostos", disse a gerente de portfólio sênior da Wells Fargo Asset Management em Boston, Margaret Patel.

O vaivém sobre o projeto de lei levou o mercado em Wall Stret a ter uma das semanas mais voláteis desde a eleição de Trump em novembro. Na semana, o S&P 500 caiu 1,4 por cento, o pior desempenho semanal do ano.

As ações dos operadores hospitalares terminaram em forte alta, com o papel da Tenet Healthcare subindo 7,4 por cento. O possível desmantelamento do Obamacare vinha pressionado as ações dos hospitais por preocupações de que a redução da cobertura de saúde afetaria os benefícios das empresas.