Temer quer mostrar reforma da Previdência 'mais aceitável' em propagandas
BRASÍLIA, 10 Mai (Reuters) - O presidente Michel Temer afirmou nesta quarta-feira (10) em café da manhã com deputados da bancada paulista que o governo vai mudar as peças publicitárias que têm veiculado a respeito da reforma da Previdência para mostrar que a proposta --que passou pela comissão especial da Câmara e agora vai ao plenário da Casa-- é um novo texto mais aceitável para a população.
Temer fez essa consideração, após queixa apresentada pelo deputado Gilberto Nascimento (PSC) no encontro. O parlamentar defendeu que o governo amplie a sua comunicação e lembrou que o texto original passou a percepção de ser "muito duro".
Segundo relato feito da reunião à agência de notícias Reuters pelo coordenador da bancada estadual no Congresso, deputado Luiz Lauro Filho (PSB), Nascimento argumentou que na política, às vezes, "a imagem que se passou é a que fica.
Houve quem comparasse a situação com as dúvidas que foram levantadas para a aposentadoria após a adoção da fórmula 85/95, aprovada ainda no governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Segundo um deputado, pessoas passaram a achar que precisariam trabalhar até os 85 anos para se aposentar --na verdade, o número corresponde a uma soma da idade da pessoa e do tempo de contribuição.
O presidente, segundo o relato, concordou com a sugestão e disse que vai trabalhar para aumentar a "transparência" e a "comunicação" do governo.
No encontro, com a presença de cerca de metade dos 70 deputados da bancada paulista, Temer disse que trabalha para deixar um legado de grandes feitos, citando particularmente o teto de gastos públicos e a reforma do ensino médio.
Na reunião realizada no Palácio do Jaburu, o presidente não pediu votos aos deputados de São Paulo para aprovar a reforma da Previdência. A bancada estadual, contudo, é um motivo de preocupação para o governo, uma vez que, quando da votação da reforma trabalhista, deu 21 votos contra e 46 a favor dos 67 votantes.
Por ora, o governo não tem os 308 votos mínimos para aprovar a proposta de emenda constitucional (PEC) da reforma da Previdência no plenário da Câmara. A reforma deverá ir à votação entre o final de maio e início de junho.
Lauro Filho disse que o encontro com Temer e a bancada havia sido solicitado por ele mesmo, que assumiu oficialmente a coordenação dos parlamentares paulistas na semana passada.
Para o coordenador, foi um "encontro simbólico" por permitir a aproximação do presidente --um ex-parlamentar por São Paulo-- e os deputados.
(Reportagem de Ricardo Brito; Edição de Alexandre Caverni)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.