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Governo deve anunciar amanhã novas previsões de rombo, informa Fazenda

15/08/2017 13h16

BRASÍLIA (Reuters) - O governo informou que anunciará nesta quarta-feira (16), às 10h, as novas previsões de rombo para este ano e para 2018, segundo comunicado oficial do Ministério da Fazenda divulgado nesta terça-feira (15).

Mais cedo, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse a jornalistas que as previsões seriam divulgadas até quarta-feira e que o valor não chegaria a R$ 165 bilhões. Também pela manhã, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que "o governo trabalha com o número máximo de R$ 159 bilhões, mas não há nada fixo".

A equipe econômica fez esforço nesta terça para convencer a base aliada no Congresso Nacional a aprovar projetos que gerem mais receitas no curto prazo, num momento em que prepara o anúncio de rombos fiscais maiores.

Os ministros Henrique Meirelles e Dyogo Oliveira (Planejamento) se reuniram com líderes na residência do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) nesta manhã e o destaque foram três projetos: de regularização de dívidas tributárias, o Refis, a reoneração da folha de pagamento e a criação da Taxa de Longo Prazo (TLP).

"É muito importante que na definição das novas metas (fiscais) nós já possamos levar em conta esses projetos, seja TLP, seja Refis e seja reoneração da folha", afirmou Meirelles a jornalistas após o encontro.

Segundo ele, o governo está elaborando nova proposta para o Refis "viável do ponto de vista de aprovação do Congresso", mas que siga atendendo às possibilidades do Tesouro Nacional. O plano é que ela seja entregue a Maia até quarta-feira.

O presidente da Câmara também avaliou que a reunião foi positiva para mostrar aos líderes os dados sobre as contas públicas e consolidar a prioridade de tramitação desses três projetos. Também reiterou a necessidade de se alcançar um texto sobre o Refis que garanta arrecadação próxima aos R$ 13 bilhões estimados originalmente pelo governo.

Em relação à TLP, que vai substituir a TJLP nos financiamentos do BNDES, Maia defendeu que o governo envie um projeto de lei com urgência sobre o tema caso haja obstrução na comissão mista para sua votação.