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Maia diz à CBN que governo está "muito longe" de ter votos para aprovar Previdência

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) - Kleyton Amorim/UOL
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) Imagem: Kleyton Amorim/UOL

21/11/2017 17h01

21 Nov (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reconheceu nesta terça-feira (21), em entrevista à rádio CBN, que o governo está "muito longe" de obter os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência, mas defendeu a permanência do ministro Antonio Imbassahy na Secretaria de Governo, responsável pela articulação política com os parlamentares.

Segundo Maia, é importante o governo concluir logo a reforma ministerial para poder avançar nas negociações relativas à reforma da Previdência, que ele afirmou não ser fácil, mas "fundamental e urgente" para o Brasil.

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Maia defendeu que o presidente Michel Temer mantenha Imbassahy no cargo, apesar da insatisfação de parte da base aliada com o ministro tucano.

"Acho que na articulação política, o que a gente precisa é que o ministro esteja pronto para o diálogo conosco (Congresso). O Imbassahy hoje tem diálogo com parte da base, e não tem com outra. Nada que a gente também não consiga, conversando, chegar a um entendimento e compreensão. E talvez o melhor caminho seja a manutenção do ministro", disse Maia na entrevista.

"O presidente, pelo que eu vi, da última vez que falei com ele, não se decidiu. E acho que, da minha parte, você sabe que o deputado Antonio Imbassahy é um amigo que eu tenho, é uma pessoa que tem ajudado muito."

Mais tarde nesta terça-feira, o Palácio do Planalto deve oficializar a escolha do deputado Alexandre Baldy (Podemos-GO), ligado a Maia, para assumir o Ministério das Cidades.

Reforma trabalhista

O presidente da Câmara ainda defendeu que a medida provisória que faz ajustes à reforma trabalhista seja votada ainda neste ano, suavizando sua posição após ter dito em entrevista na semana passada à agência de notícias Reuters que ainda não tinha decidido se pautaria a MP, pois defendia que as mudanças fossem feitas por meio de projeto de lei.

"Eu acho que essa questão da reforma trabalhista, o ideal é que esse tema, que no meu ponto de vista deveria, continuo insistindo, ter sido encaminhado por projeto de lei, eu acho que o ideal, para o Brasil é que tudo fosse resolvido ainda esse ano", disse.

A MP foi prometida pelo governo ao Senado quando a reforma trabalhista era votada na Casa. Senadores, inclusive da base do governo, tinham a intenção de modificar o texto enviado pelos deputados, mas qualquer alteração forçaria o projeto a passar por uma nova votação na Câmara.

O governo, que tinha pressa para aprovar a medida, se comprometeu a enviar uma medida provisória contemplando as demandas dos senadores caso o texto da reforma trabalhista fosse votado sem alterações no Senado, como acabou acontecendo.

(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro; Edição de Camila Moreira e Alexandre Caverni)

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