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FCStone eleva estimativa de safra de soja do Brasil; reduz a de milho

01/03/2018 13h39

SÃO PAULO (Reuters) - A INTL FCStone elevou para 112,9 milhões de toneladas sua projeção para a safra de soja 2017/18 do Brasil, citando uma produtividade melhor do que a esperada, ao mesmo tempo em que também aposta em exportações maiores.

No mês anterior, a consultoria apostava em produção de 111,1 milhões de toneladas na atual temporada, já em colheita Brasil afora.

"Esse ajuste decorreu de revisões nas expectativas para a produtividade em alguns Estados, o que levou o rendimento médio do Brasil para 3,23 tonelada por hectare. A área plantada foi mantida em 35 milhões de hectares", disse em nota a analista de mercado da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi.

Com o andamento da colheita, os resultados das lavouras têm sido positivos, com destaque para os bons rendimentos em Estados da fronteira agrícola do Matopiba, composta por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, além do Centro-Oeste, disse a consultoria.

Já no Paraná, há registro de produtividades variadas e, em alguns casos, abaixo do esperado.

"Contudo, como a colheita ainda não chegou à metade no Estado, as expectativas da INTL FCStone são de rendimentos em ascensão", destacou a empresa.

A INTL FCStone também projeta exportação de soja maior pelo Brasil neste ano, de 67 milhões de toneladas, ante 65 milhões em fevereiro. O número ainda fica aquém do recorde de 68 milhões de toneladas do ciclo anterior.

MILHO

No caso do milho, a INTL FCStone cortou sua estimativa de produção na primeira safra, a "verão", já em colheita, para 23,4 milhões de toneladas, de 23,9 milhões em fevereiro.

"Esse ajuste decorreu de uma revisão em números de rendimento de estados do Sul do país, onde a colheita tem mostrado um resultado um pouco abaixo do que se esperava anteriormente. Com isso, a produtividade média estimativa para o Brasil ficou em 4,83 toneladas por hectare", explicou a analista Ana Luiza.

Já a produção da segunda safra, a "safrinha", em fase de plantio e colhida em meados do ano, deve ficar em 62,8 milhões de toneladas, ante 63,2 milhões na projeção de fevereiro.

A revisão deve-se, segundo da INTL FCStone, de reduções na área plantada dos Estados de Goiás e Mato Grosso do Sul, dados os atrasos ocorridos no ciclo da soja com impactos sobre a janela ideal de plantio do milho.

Em Mato Grosso, por outro lado, destaca-se que o cereal de inverno deve ter seu plantio finalizado dentro do melhor período, até aproximadamente o dia 10 de março, concluiu a consultoria.

(Por José Roberto Gomes; Edição de Roberto Samora)