Superávit comercial da China com os EUA salta no 1º tri, mas exportações em março caem
PEQUIM (Reuters) - O superávit comercial da China com os Estados Unidos saltou quase 20% no primeiro trimestre, com alguns analistas especulando que os exportadores correram para despachar cargas em antecipação às ameaças de tarifas que estão provocando temores de uma guerra comercial.
Mesmo com o superávit comercial da China tendo diminuído no geral nos três primeiros meses do ano, seu superávit com os Estados Unidos saltou 19,4%, para US$ 58,25 bilhões em relação ao ano anterior, mostraram dados da alfândega nesta sexta-feira.
Ainda assim, a China comprou mais de outros países, e registrou um déficit de US$ 9,86 bilhões com o restante do mundo no trimestre.
Tanto as exportações quanto as importações cresceram a um ritmo de dois dígitos no início do ano, e embora as exportações tenham caído inesperadamente em março, resultando em um raro déficit comercial, a maioria dos analistas atribuiu isso a fatores sazonais e disse que é cedo demais para afirmar tratar-se de uma tendência.
As exportações da China para os EUA no primeiro trimestre subiram 14,8% ante o ano anterior, apesar de uma queda de 5,6% em março. As importações dos EUA aumentaram 8,9% no trimestre e 3,2% em março.
Isso ajudou a reduzir o superávit com os EUA em março apenas para US$ 15,43 bilhões de US$ 20,96 bilhões em fevereiro, mas ainda assim foi quase 18% maior do que em março de 2017.
Para o primeiro trimestre como um todo, as exportações totais da China cresceram 14,1% sobre o ano anterior.
Entretanto, os embarques caíram 2,7% ante expectativa de analistas de aumento de 10%, e salto de 44,5% em fevereiro, o que economistas acreditam ter sido distorcido por fatores sazonais.
O crescimento de 14,4% das importações em março superou a expectativa de 10%, entretanto, sugerindo que a demanda doméstica pode ainda ser sólida o suficiente para aguentar o golpe de qualquer choque comercial.
Esses resultados produziram um déficit comercial inesperado de US$ 4,98 bilhões em março, mas resultados negativos não são incomuns para a China no início do ano devido a distorções provocadas pelo feriado do Ano Novo Lunar.
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