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Arrecadação federal tem melhor junho desde 2014, a R$119,946 bi

23/07/2019 10h37Atualizada em 23/07/2019 14h54

BRASÍLIA (Reuters) - A arrecadação do governo federal teve crescimento real de 4,68% em junho sobre igual mês de 2018, a R$ 119,946 bilhões, ajudado pela base de comparação mais fraca, já que a greve dos caminhoneiros atrapalhou o resultado obtido um ano antes.

O dado representou o melhor desempenho em termos reais para o período desde 2014, informou a Receita Federal nesta terça-feira, também atribuindo-o ao crescimento da arrecadação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica/Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido.

A arrecadação nesta linha teve alta real de 23,95% sobre junho do ano passado, num acréscimo de R$ 2,733 bilhões.

"O resultado dos tributos incidentes sobre lucro refletiu o crescimento da arrecadação dos setores de extração de minerais metálicos (+370,05%) e de eletricidade (+63,08%); e da modalidade de apuração anual com recolhimentos por estimativa mensal (+27,46%)", disse a Receita, em relatório.

A receita previdenciária também cresceu 6,01% em junho sobre um ano antes (+R$ 2,024 bilhões), ajudando a consolidar a performance de junho.

No acumulado do primeiro semestre, a arrecadação teve alta de 1,8%, já descontada a inflação, a R$ 757,595 bilhões.

Olhando apenas para as receitas administradas pela Receita Federal --linha que exclui, por exemplo, os royalties com petróleo-- a elevação no semestre foi de 1,17% em termos reais, a R$ 726,647 bilhões.

Segundo o coordenador de Previsão e Análise da Receita Federal, Marcelo Gomide, as receitas administradas devem subir entre 1% e 1,5% em 2019.

Na véspera, o governo anunciou um congelamento adicional de R$ 1,443 bilhão nos gastos do Executivo para seguir cumprindo a meta fiscal de 2019, após o comportamento mais fraco esperado para a economia ter levado a um corte nas receitas esperadas para o ano.

No relatório, a equipe econômica apontou que a principal responsável pela revisão para baixo foi a arrecadação de impostos pela Receita, que deve vir R$ 5,951 bilhões menor em 2019 do que o estimado no relatório anterior.

A meta de déficit primário neste ano é de R$ 139 bilhões para o governo central, mas membros da equipe econômica têm sinalizado que um resultado melhor poderá vir com iniciativas que rendam receitas extraordinárias, como o leilão de excedente da área petrolífera da cessão onerosa.

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