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Tarifa de transporte de gás importado da Bolívia cairá, diz CEO da Petrobras

Marcelo D. Sants/Framephoto/Estadão Conteúdo
Imagem: Marcelo D. Sants/Framephoto/Estadão Conteúdo

Por Marta Nogueira e Rodrigo Viga Gaier

Rio de Janeiro

15/08/2019 17h59

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Uma negociação em curso entre a Petrobras e a YPFB, sobre a importação de gás da Bolívia após o fim do atual contrato, neste ano, permitirá uma redução significativa da tarifa de transporte do insumo, afirmou nesta quinta-feira o presidente da petroleira brasileira, Roberto Castello Branco.

Segundo o executivo, esse movimento deverá contribuir para uma queda do preço do gás natural no país.

"Estamos em um processo de negociação do contrato com a Bolívia e revisão da tarifa de transporte, e eu acredito que será o primeiro evento concreto de uma grande redução da tarifa de transporte, uma significativa redução, que contribuirá para a redução do preço (do gás)", disse Castello Branco, ao participar de encerramento de seminário sobre gás do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP).

Pelo plano do Novo Mercado de Gás, lançado este ano pelo governo, a Petrobras deverá sair completamente dos setores de transporte e distribuição do insumo até o fim de 2021, abrindo espaço para investimentos privados e competição.

E, no período, poderia haver queda de cerca de 40% no preço da energia elétrica no país, com maior uso de gás na geração, nos cálculos do ministro da Economia, Paulo Guedes.

O plano do governo busca soluções para escoar a produção crescente de gás natural dos campos do pré-sal para o mercado brasileiro. A ideia é que haja investimentos privados para que isso ocorra.

Durante seu discurso, Castello Branco apontou atrasos em gestões passadas da empresa na conclusão do gasoduto Rota 3, que vai ligar o pré-sal a uma Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), no Comperj, em Itaboraí (MG), também em construção.

"No passado, houve um atraso na construção da Rota 3, hoje nós somos obrigados ainda a reinjetar (gás) em uma escala muito maior do que seria recomendado, para não reduzir a produção de petróleo. É porque nos falta escoamento", afirmou.

Segundo ele, a Rota 3 estará concluída apenas em 2021.

(Por Marta Nogueira e Rodrigo Viga Gaier)