Brasil convida russa Rosatom para evento sobre uso de pequenos reatores nucleares
O Ministério de Minas e Energia do Brasil convidou executivos da estatal russa de energia atômica Rosatom para a realização em conjunto de um evento na segunda-feira (26) que irá discutir o uso no país da tecnologia de pequenos reatores nucleares modulares (SMR, na sigla em inglês).
O movimento da pasta acontece após o ministro Bento Albuquerque, ex-diretor de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, ter afirmado à Reuters em março que pretende avaliar a construção de "pequenas usinas nucleares para atender determinadas demandas em parte do território brasileiro".
Os reatores nucleares de pequena escala têm "uma série de vantagens específicas", afirmou o ministério em comunicado sobre o evento nesta sexta-feira, no qual destacou fatores como o menor investimento e prazo de construção frente a empreendimentos nucleares maiores, além de "modularidade e possibilidade de operação em diferentes tipos de redes".
Em outro documento, com a programação do evento, a pasta de Minas e Energia afirmou que esses reatores "se configuram como uma opção no cumprimento dos novos requisitos do sistema" elétrico, como a necessidade de fontes de geração de baixa emissão, confiáveis e localizadas próximas aos centros de consumo.
Participarão do seminário diversos executivos da Rosatom, incluindo o presidente da companhia para América Latina, Ivan Dybov, além do secretário de Planejamento do ministério de Minas e Energia, Reive Barros, que fará a abertura da conferência.
O ministro Albuquerque afirmou no mês passado que a energia nuclear deverá ganhar espaço nos planos de longo prazo do governo para o setor elétrico, que serão apresentados no chamado Plano Nacional de Energia 2050, que está em preparação e deve ser divulgado no segundo semestre.
A última versão do plano de longo prazo, o PNE 2030, foi concluída em 2011, com a previsão de que o Brasil poderia construir mais quatro usinas atômicas. Mas um incidente na central nuclear japonesa de Fukushima no mesmo ano, após um terremoto e um tsunami, praticamente paralisou as discussões sobre as novas usinas nucleares no Brasil.
Desde então, os planos para a fonte também foram atrapalhados pelas dificuldades para conclusão da usina nuclear de Angra 3, cujo projeto teve início ainda nos anos 80.
(Edição de Roberto Samora)
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