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Petrobras: preços não reagem imediatamente a eventos como ataques a sauditas

Diego Herculano/NurPhoto/Getty Images
Imagem: Diego Herculano/NurPhoto/Getty Images

Gabriel Ponte

Da Reuters, em Brasília

08/10/2019 15h31

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, defendeu nesta terça-feira a atual política de preços da empresa, que agora prevê reajustes mais espaçados, sem reações imediatas a episódios que impactam os mercados globais de petróleo, como os recentes ataques a refinarias sauditas.

"Isso (reajuste diário) é uma prática que não fazemos, ainda mais na bomba de preços. Não é a melhor forma de se tratar o cliente. Utilizamos uma política de reajustes mais espaçados. Não reagimos a eventos surpresa, como o ataque à Arábia Saudita. Fomos pacientes o suficiente para só ajustar o preço após a volatilidade se acomodar", explicou o CEO da estatal, em audiência na Câmara.

Ainda de acordo com ele, "deixamos a poeira abaixar, para fazer o reajuste. Essa é a política".

O último reajuste do diesel da Petrobras ocorreu em 19 de setembro, dias após o ataque às instalações petrolíferas sauditas, quando a empresa elevou o valor do combustível nas refinarias em mais de 4%, além de ter aumentado a gasolina em 3,5%.

No dia 27 de setembro, a empresa elevou o valor da gasolina nas refinarias em 2,6%.

Castello Branco participa, como convidado, da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, na Câmara dos Deputados, onde ocorre nesta terça-feira debate sobre a política de preços do diesel.

O diesel é uma questão sensível para caminhoneiros, que se articulam para manter o frete mínimo rodoviário, uma lei criticada por transportadores.

"Não é o diesel o problema efetivo, como representantes de caminhoneiros relevaram. O problema é falta de carga e má situação de estradas brasileiras. E situações de subsídio ou forçar Petrobras a ter uma política de preço não condizente com aplicada pelo mercado só trará prejuízos à Petrobras", acrescentou o executivo.

Apesar de alta internacional, Petrobras mantém preços

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