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Maioria de conselheiros do BNDES decidem exonerar diretor André Laloni, dizem fontes

23.mai.2018 - Sede do BNDES, no Rio de Janeiro (11.mai.2018) - Lucas Tavares/Agência O Globo
23.mai.2018 - Sede do BNDES, no Rio de Janeiro (11.mai.2018) Imagem: Lucas Tavares/Agência O Globo

17/10/2019 18h05

Por Rodrigo Viga Gaier e Tatiana Bautzer

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - Uma maioria de conselheiros do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) decidiu nesta quinta-feira pela exoneração do diretor de crédito e participações André Laloni, disseram fontes a par do assunto, em meio a uma briga sobre a venda das participações societárias da instituição.

Laloni, ex-executivo do banco suíço UBS e da Caixa Econômica Federal, tinha pedido na semana passada afastamento apenas alguns meses após ser chamado para o cargo, alegando questões pessoais.

Oito de nove membros do conselho do BNDES votaram pela exoneração do executivo, afirmou uma das fontes. O conselheiro restante ainda não tinha votado até o fechamento desta reportagem.

Representantes do BNDES não puderam comentar o assunto de imediato.

A nova gestão do BNDES, nomeada pelo governo Jair Bolsonaro em meados deste ano, pretendia dar largada ainda em 2019 a uma onda de venda de participações acionárias do banco que poderia render mais de 100 bilhões de reais aos cofres públicos, algo que deve ficar apenas para 2020 diante das disputas dentro do banco.

Mas as tensões internas ocorreram sobre a forma como estas vendas poderiam ser feitas, se no mercado ou via ofertas públicas, opção preferida por Laloni e que com frequência envolve pagamento de comissões a assessorias de bancos de investimento, disseram fontes à Reuters.

No início do mês, Luciana Tito, superintendente-executiva jurídica do banco, que era contra a venda de ações do Banco do Brasil detidas pela Caixa Econômica Federal por meio de oferta pública, foi afastada. Ela defendia que as ações fossem vendidas diretamente no mercado.