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Barreiras comerciais mais altas afetam empregos e crescimento, diz OMC

Desemprego é maior entre os jovens, que têm dificuldade para conseguir um primeiro emprego com carteira assinada - Camila Domingues/Palácio Piratini
Desemprego é maior entre os jovens, que têm dificuldade para conseguir um primeiro emprego com carteira assinada Imagem: Camila Domingues/Palácio Piratini

12/12/2019 14h39

GENEBRA (Reuters) — Mais de 100 novas restrições comerciais impostas durante o ano até meados de outubro afetaram bens e serviços avaliados em 747 bilhões de dólares, o nível mais alto para um período de 12 meses desde 2012, disse nesta quinta-feira a Organização Mundial do Comércio.

Novas medidas como tarifas, restrições quantitativas, procedimentos alfandegários mais severos e taxas de importação e exportação aumentaram 27% sobre o período anterior, alimentando incerteza no comércio internacional e na economia global, disse a OMC.

"Níveis historicamente elevados de medidas restritivas ao comércio estão afetando o crescimento, criação de empregos e poder de compra em todo o mundo", disse o diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, em relatório anual, segundo o qual seus membros implementaram 102 novas restrições.

Em 1º de outubro, a OMC reduziu sua estimativa para o crescimento do comércio mundial neste ano a 1,2%, de 2,6% previstos em abril.

As restrições a importações acumuladas adotadas ao longo da última década e que ainda estão em vigor devem afetar o comércio no valor de 1,7 trilhão de dólares, ou 7,5% das importações mundiais, disse a OMC.

Os setores mais afetados pelas novas restrições a importações foram o óleo mineral e combustível, maquinário e instalações mecânicas, maquinário elétrico e metais preciosos, segundo a OMC.

Os membros da OMC também implementaram 120 novas medidas com o objetivo de facilitar o comércio no ano até meados de outubro, cobrindo bens e serviços no valor de 545 bilhões de dólares, segundo nível mais alto desde 2012.

(Reportagem de Stephanie Nebehay)