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Em meio a guerra de preços russo-saudita no petróleo, outros países da Opep ligam alerta

Barris de petróleo em unidade do grupo OMV em Schwechat, Áustria - Heinz-Peter Bader
Barris de petróleo em unidade do grupo OMV em Schwechat, Áustria Imagem: Heinz-Peter Bader

Ahmad Ghaddar

10/03/2020 17h37

LONDRES (Reuters) — Enquanto a Arábia Saudita, líder da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), se envolve em uma guerra de preços com a Rússia após o colapso de um pacto de oferta mantido por três anos, outros membros da Opep começam a soar o alerta para a queda dos preços da commodity.

O petróleo perdeu cerca de um terço de seu valor na segunda-feira, depois de uma reunião na sexta-feira entre a Opep e aliados, incluindo a Rússia, terminar em amargor e levar ao fim de todas as restrições de bombeamento em um mercado já sobreofertado.

Respondendo à queda dos preços, o Iraque, segundo maior produtor da Opep, afirmou que inundar o mercado de petróleo não ajudará os produtores.

O ministro de Petróleo iraquiano, Thamir Ghadhban, disse que sua pasta "está em contato com membros de dentro e de fora da Opep para discutir formas de evitar uma deterioração nos preços do petróleo".

A Argélia, que ocupa a presidência do cartel neste ano, disse na segunda-feira que, após consultas a outros países produtores, uma "decisão rápida para equilibrar o mercado" é necessária.

Já o ministro de Petróleo da Nigéria, Timipre Sylva, afirmou a repórteres que países tanto da Opep quanto de fora do grupo deveriam reconsiderar os cortes de produção, acrescentando que a forte queda nos preços da commodity podem forçar uma mudança nas táticas.