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'Inflação do aluguel' acelera alta a 2,23% em julho com pressão do atacado e gasolina no varejo, diz FGV

IGP-M teve alta de 2,23% em julho, índice serve como referência para contratos de aluguel de imóveis - Por Luana Maria Benedito
IGP-M teve alta de 2,23% em julho, índice serve como referência para contratos de aluguel de imóveis Imagem: Por Luana Maria Benedito

Luana Maria Benedito

Em São Paulo

30/07/2020 08h04

Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), a "inflação do aluguel", passou a subir 2,23% em julho, contra alta de 1,56% em junho, diante da forte alta nos preços do atacado e da gasolina no varejo, informou nesta quinta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV).

A expectativa em pesquisa da Reuters era de avanço de 2,12% no mês.

Os dados da FGV mostraram que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, acelerou a alta a 3,0% em julho, de 2,25% no mês anterior.

Um salto de 6,35% nas Matérias-Primas Brutas — que haviam subido 2,57% no mês anterior — foi o destaque para essa leitura, com os itens soja em grão, minério de ferro e bovinos oferecendo a maior pressão nos preços.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% sobre o índice geral, passou a subir 0,49% no período, ante variação positiva de 0,04% em junho.

Entre os subsetores do IPC, o grupo Transportes deu a maior contribuição para o resultado, acelerando a alta a 1,45% em julho, ante ganho de 0,21% no período anterior. Esse resultado partiu principalmente do comportamento dos preços da gasolina, que passaram a subir 4,45% em julho após avanço de 0,40% na última leitura.

O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), por sua vez, subiu 0,84%, ante alta de 0,32% em junho.

O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis.