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ONS reduz projeção para carga de energia em maio, mas ainda vê salto ante 2020

Em boletim semanal, o operador projetou a carga de energia do país em 66.819 megawatts médios em maio, abaixo da publicada na semana passada, quando o ONS via salto de 12,3% ante igual período de 2020 - Tarso Sarraf/Folhapress
Em boletim semanal, o operador projetou a carga de energia do país em 66.819 megawatts médios em maio, abaixo da publicada na semana passada, quando o ONS via salto de 12,3% ante igual período de 2020 Imagem: Tarso Sarraf/Folhapress

Gabriel Araujo

07/05/2021 15h10Atualizada em 07/05/2021 15h43

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reduziu nesta sexta-feira sua projeção para a carga de energia do sistema interligado do Brasil em maio, embora ainda veja um salto em relação aos índices do mesmo mês de 2020, quando o país registrava maior isolamento social em função da pandemia de coronavírus.

Em boletim semanal, o operador projetou a carga de energia do país em 66.819 megawatts médios em maio. A cifra representa alta de 11,4% na comparação anual, mas fica aquém da publicada na semana passada, quando o ONS via salto de 12,3% ante igual período de 2020.

O maior crescimento na demanda por energia deve ocorrer no Sul, com avanço de 12,4% ano a ano, enquanto o subsistema Sudeste/Centro-Oeste —região de maior carga no país— tende a apurar alta de 11,1% frente a maio de 2020.

Norte e Nordeste, que na semana passada eram vistos pelo ONS como as regiões com maior alta esperada na carga elétrica em comparação anual, tiveram suas estimativas reduzidas de aumentos de 13,8% e 12,7%, respectivamente, para altas de 12,1% e 11,2%.

Em maio do ano passado, a carga elétrica no sistema interligado nacional desabou 10,2% ante 2019, afetada pelas medidas restritivas adotadas por Estados e municípios para conter a disseminação do coronavírus.

Afluência

Em relação às previsões de chuvas nas áreas das usinas hidrelétricas —principal fonte de energia do Brasil—, o ONS manteve níveis semelhantes aos verificados na semana passada, ainda apontando precipitações abaixo da média em todos os subsistemas.

No Sudeste/Centro-Oeste, que concentra os maiores reservatórios, as chuvas deverão atingir 64% da média histórica para maio, após o fim do chamado período úmido.

O índice é ainda menor nas regiões Nordeste e Sul, para as quais o ONS vê chuvas em 40% e 25% da média histórica para o mês, respectivamente. O Norte, por outro lado, deve registrar precipitações em 82% da média.

Em meio a esse cenário, o despacho térmico, que representa o acionamento de usinas termelétricas para o atendimento da demanda por energia, foi projetado pelo ONS em 4,53 gigawatts médios na próxima semana, ante 4,45 gigawatts médios na semana anterior.