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BC considerou acelerar alta de juros na semana passada, mas manteve ritmo de aperto

O Copom levou a taxa Selic a 4,25% em reunião encerrada na última quarta-feira - Sérgio Castro/Estadão Conteúdo
O Copom levou a taxa Selic a 4,25% em reunião encerrada na última quarta-feira Imagem: Sérgio Castro/Estadão Conteúdo

Isabel Versiani

Da Reuters, em Brasília

22/06/2021 08h53Atualizada em 22/06/2021 08h53

O Comitê de Política Monetária (Copom) avaliou a possibilidade de acelerar a alta dos juros em sua reunião da semana passada, mas entendeu que seria mais adequado manter o ritmo de aperto de 0,75 ponto percentual, com a indicação de um aperto maior no encontro seguinte, mostrou a ata da reunião divulgada nesta terça-feira.

O colegiado avaliou que essa estratégia teria a vantagem de dar mais tempo para o Copom acumular informações sobre a evolução dos preços mais inerciais, em meio à recuperação do setor de serviços, e também do comportamento das expectativas de inflação.

O Copom também chamou a atenção, nesse contexto, para a importância de "esclarecer a distinção entre transparência sobre as projeções condicionais e intenções invariantes de política monetária".

O colegiado frisou que o compromisso "inequívoco" do BC é com a convergência da inflação para o horizonte relevante e que os passos para se alcançar esse objetivo são ajustados de acordo com as informações que se tornam disponíveis.

"Desse modo, indicações sobre a trajetória futura dos juros, sejam para a próxima reunião ou para o patamar final, são elementos úteis para a compreensão da função de reação da política monetária", disse o Copom na ata.

"As informações obtidas no período entre as reuniões do Copom modificam as hipóteses presentes no cenário básico e no balanço de risco, e naturalmente alteram a trajetória futura dos juros."

O Copom levou a taxa Selic a 4,25% em reunião encerrada na última quarta-feira e indicou a intenção de levar os juros a patamar considerado neutro à frente.