Square, do dono do Twitter, lidera compra de fintech por R$ 148,9 bilhões
A Square, firma de pagamentos do cofundador do Twitter Jack Dorsey, vai comprar a fintech australiana Afterpay por US$ 29 bilhões (cerca de R$ 148,9 bilhões), criando um gigante de transações financeiras globais.
A aquisição, a maior de uma empresa australiana, ressalta a popularidade do modelo de negócios que mudou o crédito ao consumidor, cobrando dos lojistas uma taxa para oferecerem pequenos empréstimos no ponto de venda que seus clientes pagam em prestações sem juros.
O crescimento do mercado "compre agora, pague depois" (BNPL, na sigla em inglês) atraiu a atenção de pesos pesados, como Apple e Goldman Sachs.
A compra anunciada pela Square pode abrir caminho para mais aquisições, com grandes nomes como Mastercard, Visa, PayPal e outros mostrando interesse, disse D.A. Christopher Brendler, analista da Davidson.
No ano passado, a Afterpay, sediada em Melbourne, conquistou milhões de usuários nos Estados Unidos, que agora está entre os mercados de crescimento mais rápido.
O negócio vem na esteira de uma notável aceleração das ações da Afterpay, subindo de 10 dólares australianos (R$ 28,31, na cotação da época) no início de 2020 para mais de 100 em menos de dois anos (mais de R$ 370)
Ontem, a ação da Afterpay saltou 19% e a da Square subiu 11%.
"Construímos nosso negócio para tornar o sistema financeiro mais justo, acessível e inclusivo, e a Afterpay construiu uma marca confiável alinhada com esses princípios", disse Dorsey em comunicado.
As ações da rival Affirm subiram 17%, enquanto as de Zip e Sezzle também avançaram.
A Afterpay também concorre com a sueca Klarna, bem como com a provedora de pagamentos online PayPal, dos Estados Unidos.
Criado em 2014, o Afterpay tem sido o termômetro do nicho do setor de pagamentos online que se tornou popular no ano passado, à medida que mais pessoas optaram por pagar em prestações por itens de uso diário durante a pandemia.
As firmas de BNPL emprestam aos clientes fundos instantâneos, normalmente de até alguns milhares de dólares, que podem ser pagos sem juros.
Como eles geralmente ganham dinheiro com comissões e multas por atraso — e não com o pagamento de juros —, eles fogem da definição legal de crédito e, portanto, das leis de financiamento.
Isso significa que provedores de BNPL não são obrigados a fazerem verificações de antecedentes em novas contas, ao contrário das empresas de cartão de crédito, e normalmente pedem apenas o nome, endereço e data de nascimento do requerente. Os críticos dizem que isso torna o sistema um alvo de fraude.
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