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Guedes diz que pagamento de R$ 90 bi em precatórios 'vai parar Brasília'

Guedes ainda disse que, "se fizer reforma da Lei de Responsabilidade Fiscal", já seria "outra conversa" - Wallace Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo
Guedes ainda disse que, "se fizer reforma da Lei de Responsabilidade Fiscal", já seria "outra conversa" Imagem: Wallace Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo

Marcela Ayres

Em Brasília

19/08/2021 13h11Atualizada em 19/08/2021 18h51

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou hoje que o pagamento de R$ 90 bilhões em precatórios no Orçamento do ano que vem não é exequível e que arcar com essa conta significa necessariamente cortar outras despesas essenciais, inclusive salários.

"Vai parar Brasília se tiver que pagar isso com as leis vigentes. Se fizer reforma da Lei de Responsabilidade Fiscal ou fizer exceção para o teto, é outra conversa", disse.

"Mas com as leis vigentes eu só tenho um jeito de cumprir e ficar constitucionalmente dentro", acrescentou ele, em referência à PEC dos Precatórios, enviada pelo governo ao Congresso propondo o parcelamento dessas obrigações.

Segundo Guedes, a PEC foi concebida para "oferecer alternativas". Ele afirmou que, se ela não for aprovada pelos parlamentares, "não tem problema, vamos mandar Orçamento com R$ 90 bilhões para precatórios e faltando dinheiro para tudo mais, inclusive salários".