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Governo ainda espera PIB acima de 5% em 2021, diz secretário após queda no 2º trimestre

8.abr.2020 - O secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, em coletiva do Ministério da Economia - Anderson Riedel/PR
8.abr.2020 - O secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, em coletiva do Ministério da Economia Imagem: Anderson Riedel/PR

Por Marcela Ayres

01/09/2021 09h58Atualizada em 01/09/2021 10h16

BRASÍLIA (Reuters) - O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou hoje que a perspectiva para o PIB (Produto Interno Bruto) continua sendo de um crescimento acima de 5%, após a divulgação de contração de 0,1% no segundo trimestre em relação aos três meses anteriores.

À Reuters, ele avaliou que a ampla vacinação que está sendo implementada no país é variável que apoia essa leitura. Oficialmente, o Ministério da Economia prevê alta de 5,3% para o PIB este ano. A nova grade de parâmetros econômicos será divulgada neste mês.

Sachsida afirmou que o segundo semestre terá expansão robusta da atividade, liderada pelo setor de serviços e por investimentos privados.

Ele também ponderou que, considerando que o segundo trimestre foi o mais trágico de saúde pública da história brasileira, com maior número de mortes por covid-19, "o resultado do PIB mostrou resiliência".

"De maneira geral, acreditamos que esse resultado do PIB mostra que estamos no caminho correto de política econômica", disse Sachsida, complementando que é preciso insistir na agenda de reformas pró-mercado e consolidação fiscal.

Governo avalia que covid impactou resultado

Em nota, a SPE (Secretaria de Política Econômica) do Ministério da Economia avaliou que o resultado negativo do PIB no segundo trimestre ocorreu no período de três meses com maior número de mortes pela covid-19 e com efeitos setoriais relevantes. Segundo o documento, mais relevante do que observar o número, é analisar sua qualidade.

A SPE acrescentou que "importantes reformas pró-mercado e medidas de consolidação fiscal estão sendo aprovadas, lançando as bases para o crescimento sustentável do país no longo prazo" e destacou a melhora nos indicadores fiscais, que reduziu a projeção da dívida bruta e de um menor déficit primário para 2021 e 2022.