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Herdeiros de Joseph Safra estão perto de acordo sobre testamento, dizem fontes

O banqueiro Joseph Safra era o homem mais rico do Brasil quando morreu em dezembro de 2020, aos 82 anos - Mastrangelo Reino/Folhapress
O banqueiro Joseph Safra era o homem mais rico do Brasil quando morreu em dezembro de 2020, aos 82 anos Imagem: Mastrangelo Reino/Folhapress

Carolina Mandl e Tatiana Bautzer

Em São Paulo

07/10/2021 12h46

Alberto Joseph Safra e sua família estão perto de um acordo sobre o testamento de seu pai, o banqueiro bilionário Joseph Safra, que pode evitar litígios sobre uma fortuna de quase US$ 15 bilhões, afirmaram hoje duas fontes com conhecimento do assunto.

Alberto contestou o testamento em um tribunal de Nova York em agosto, pedindo registros médicos para provar que seu pai, que era o homem mais rico do Brasil quando morreu em dezembro de 2020, aos 82 anos, estava mal de saúde quando mudou seu testamento pela última vez em 2019.

Ele argumentou na Justiça que havia sido deserdado, uma informação contestada por sua mãe, Vicky Safra, administradora do espólio de Joseph Safra, segundo documento protocolado na Justiça.

Alberto e seus irmãos não quiseram comentar sobre este e outros assuntos financeiros.

Alberto renunciou ao conselho de administração do Banco Safra em novembro de 2019, após uma disputa com seu irmão mais novo, David.

Alberto disse na época que lançaria seu próprio banco, o Banco ASA. Mas Alberto revisou seus planos e, em vez disso, abriu uma gestora de ativos, a ASA Investments.

Antes de contestar o testamento do pai no tribunal, Alberto discordou da política de dividendos da holding da família.

De acordo com a ata da assembleia geral realizada em maio pela J.Safra Holding, holding familiar que controla prédios comerciais e outros empreendimentos não financeiros, Alberto discordou da distribuição de dividendos nos níveis mínimos.

A holding pagou R$ 80.000 sobre um lucro de R$ 85 milhões. Alberto votou contra.