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China emite primeiros empréstimos para financiar cortes de emissões de carbono

20.dez.2016 - Policial militar de guarda na Praça Tiananmen, usa máscara na frente de um retrato do falecido presidente Mao Zedong durante dia de alerta vermelho de poluição atmosférica em Pequim, na China - Jason Lee/Reuters
20.dez.2016 - Policial militar de guarda na Praça Tiananmen, usa máscara na frente de um retrato do falecido presidente Mao Zedong durante dia de alerta vermelho de poluição atmosférica em Pequim, na China Imagem: Jason Lee/Reuters

Ma Rong, Cheng Leng e Gabriel Crossley

Da Reuters

30/12/2021 09h02Atualizada em 30/12/2021 09h20

A China emitiu o primeiro lote de 85,5 bilhões de iuanes (13,4 bilhões de dólares) em empréstimos de baixo custo a instituições financeiras para promover projetos verdes e esforços corporativos para reduzir as emissões de carbono, disse o banco central nesta quinta-feira.

Sob o mecanismo de facilitação de redução de emissões de carbono (Cerf, na sigla em inglês), o primeiro desse tipo lançado pelo Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês), as instituições financeiras podem se inscrever para financiamento de baixo custo para apoiar os esforços de redução de emissões de carbono das empresas.

O Cerf é parte da meta mais ampla da China de reduzir as emissões de carbono até 2030 e alcançar a neutralidade do carbono até 2060, bem como proteger a economia das consequências econômicas da pandemia de Covid-19.

No âmbito do Cerf, o PBoC fornecerá às instituições financeiras recursos equivalentes a 60% do principal de um empréstimo a uma taxa de juros de um ano de 1,75%. Isso implica um desconto em relação à taxa de juros da recompra reversa de 2,2% em sete dias.

O banco também lançou oficialmente empréstimos de baixo custo para apoiar os esforços das empresas para usar carvão limpo, disse Sun Guofeng, chefe do departamento de política monetária do PBoC, em coletiva de imprensa. Ele não informou o quanto já foi fornecido.

O Cerf pode levar ao investimento de 1 trilhão de iuanes por ano em projetos relacionados à energia limpa, uma vez que a ferramenta monetária esteja totalmente implantada em 2022, de acordo com relatórios da Huatai Securities e Everbright Securities.