Apostas na desvalorização do real caem a menor patamar desde outubro
Especuladores que operam na Bolsa Mercantil de Chicago fizeram na virada do ano a maior compra líquida de reais em cerca de um mês, reduzindo a posição geral pessimista na moeda brasileira ao menor patamar desde outubro.
Esse grupo de agentes financeiros — que costuma operar com posições de maior risco e muitas vezes direcionais — comprou 4.210 contratos de real na semana finda em 4 de janeiro. É o maior valor desde a semana encerrada em 7 de dezembro (8.218).
Os dados foram divulgados na noite de sexta-feira pela CFTC, agência que regula mercados de futuros e opções nos Estados Unidos.
A adição de reais às carteiras, contudo, apenas reduziu o estoque geral de apostas "vendidas" na moeda brasileira —ou seja, que ganham com sua desvalorização. O posicionamento nessa direção ainda soma 1.076 contratos, mas esse montante é o menor desde a semana terminada em 26 de outubro do ano passado (942).
O dólar tem oscilado dentro de uma banda mais restrita nas últimas semanas, entre 5,60 reais e 5,70 reais, e começou o novo ano em tom mais firme com o rali global da divisa norte-americana e renovadas preocupações fiscais domésticas.
Nesta segunda-feira, o dólar subia 1%, a 5,6883 reais, depois de acumular alta de 1,05% na primeira semana de negócios do novo ano. Em 2021, o dólar apreciou 7,36%.
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