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Rússia obtém apoio chinês para permanecer no G20 mesmo com guerra na Ucrânia

28.jun.2019 - Líderes no Encontro do G20 em Osaka, no Japão - LUDOVIC MARIN/AFP
28.jun.2019 - Líderes no Encontro do G20 em Osaka, no Japão Imagem: LUDOVIC MARIN/AFP

Angie Teo e Stanley Widianto

Da Reuters

23/03/2022 12h12Atualizada em 23/03/2022 12h12

O presidente russo, Vladimir Putin, planeja participar da próxima cúpula do G20 na Indonésia neste ano e recebeu apoio valioso de Pequim nesta quarta-feira em uma reação às sugestões de alguns membros de que a Rússia poderia ser barrada do grupo.

Os Estados Unidos e seus aliados ocidentais estão avaliando se a Rússia deve permanecer no grupo das principais economias do mundo após a invasão da Ucrânia, disseram à Reuters fontes envolvidas nas discussões.

Mas qualquer movimento para excluir a Rússia provavelmente seria vetado por outros do grupo, aumentando a perspectiva de que alguns países faltem às reuniões do G20, segundo as fontes.

A embaixadora da Rússia na Indonésia, que atualmente ocupa a presidência rotativa do G20, disse que Putin pretende viajar para a ilha indonésia de Bali para a cúpula do G20 em novembro.

"Vai depender de muitas, muitas coisas, incluindo a situação da Covid, que está melhorando. Até agora, sua intenção é... de querer (participar)", disse a embaixadora Lyudmila Vorobieva em entrevista coletiva.

Questionada sobre sugestões de que a Rússia poderia ser expulsa do G20, ela afirmou que é um fórum para discutir questões econômicas e não uma crise como a da Ucrânia.

"É claro que a expulsão da Rússia desse tipo de fórum não ajudará a resolver esses problemas econômicos. Ao contrário, sem a Rússia seria difícil fazê-lo."

A China, que não condenou a invasão da Rússia e criticou as sanções ocidentais, defendeu Moscou nesta quarta-feira, chamando a Rússia de "membro importante" do G20.