Reação à coleção LGBTQ da Target expõe problema do "capitalismo arco-íris", diz designer
Por Helen Reid
LONDRES (Reuters) - A decisão da varejista norte-americana Target de remover algumas mercadorias com tema LGBTQ após reação negativa de clientes o problema do "capitalismo arco-íris" das empresas, disse Erik Carnell, designer transgênero cujos produtos foram retirados das lojas.
A Target vendeu produtos relacionados ao mês do Orgulho LGBTQ por anos. Mas, na semana passada, a rede varejista norte-americana removeu as mercadorias de Carnell, citando como motivo um aumento nos confrontos entre clientes e funcionários e incidentes com produtos da coleção sendo jogados no chão.
Alguns meios de comunicação conservadores e políticos republicanos rotularam Carnell e seus designs — impressos em broches, adesivos e camisetas — de "satânicos", e alegaram falsamente que seus produtos disponíveis na Target eram comercializados para crianças.
Críticas pela venda de produtos relacionados ao Orgulho LGBTQ também começaram a atingir a rede de lojas de departamentos Kohl's Corp. .
Empresas como a Target, que lançam produtos e campanhas para o Mês do Orgulho LGBTQ, buscam lucrar com as pessoas LGBTQ, mas falham em apoiá-las quando surgem desafios, disse Carnell em entrevista, em Londres.
"É um precedente muito perigoso de se estabelecer, que se as pessoas ficarem irritadas o suficiente com os produtos que você está vendendo, você pode se distanciar completamente da comunidade LGBT, quando e se for conveniente", disse Carnell, um homem gay transgênero que lançou sua marca Abprallen em 2017.
"Se você vai assumir uma posição e dizer que se importa com a comunidade LGBT, você precisa defender isso independentemente."
(Reportagem de Helen Reid, em Londres; reportagem adicional de Siddharth Cavale e Kate Masters, em Nova York)
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