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Lucro da Cosan mais que triplica a R$ 342 milhões no 3º tri fiscal

06/02/2013 21h32

SÃO PAULO - O grupo Cosan divulgou hoje um lucro líquido atribuído a acionistas controladores de R$ 342,3 milhões para o terceiro trimestre do ano-safra de 2012/2013. Nos mesmos três meses do exercício anterior, o resultado havia ficado em R$ 93,8 milhões.

De outubro a dezembro do ano passado, a empresa registrou receita líquida de R$ 8,4 bilhões, o que significa um crescimento de 33,1% em mesmas bases. A maior contribuição foi da Raízen Combustíveis, empreendimento conjunto com a anglo-holandesa Royal Dutch Shell, que faturou R$ 11,38 bilhões.

A linha final do balanço veio 53,5% acima do que Bradesco, BTG Pactual e HSBC previam. A média de projeções dos três bancos apontava para R$ 223 milhões. A receita, por sua vez, foi superada em 3,1% ? e era aguardada pelas mesmas instituições em R$ 8,15 bilhões.

No terceiro trimestre fiscal, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), alcançou R$ 1,19 bilhão, ficando 141% maior em 12 meses. Todos os indicadores foram beneficiados pela inclusão dos resultados da Comgás, adquirida pela Cosan em novembro.

O custo dos produtos vendidos pelo grupo subiu 29,3% na comparação ano a ano, para R$ 7,34 bilhões, fazendo o resultado bruto ficar em R$ 1,06 bilhão ? alta de 65,2%. As despesas operacionais, porém, caíram 20,2%, até R$ 319,1 milhões, sendo influenciadas por ganhos de R$ 317,7 milhões com receita de aluguéis, royalties e outros eventos não recorrentes.

O lucro operacional, antes de juros e impostos, cresceu mais de 300% por conta dessas receitas extraordinárias, atingindo R$ 738,1 milhões. O resultado financeiro piorou em 12 meses e ficou negativo em R$ 124,7 milhões, contra R$ 69,5 milhões de prejuízo no segmento durante o mesmo período do exercício anterior.

A companhia aproveitou também para rever suas estimativas do ano-safra de 2012/2013. O Ebitda agora é projetado entre R$ 2,3 bilhões e R$ 2,6 bilhões, contra uma faixa de R$ 2,2 bilhões a R$ 2,5 bilhões esperados anteriormente. O aumento foi calculado especialmente por uma expectativa melhor para Raízen Energia e Raízen Combustíveis.

Nessa segunda revisão das metas, o volume de cana moída da Raízen foi fixado em 56,2 milhões de toneladas para todo o exercício, contra uma banda que ia de 54 mil a 56 mil na primeira prévia. O Ebitda da Raízen Energia foi elevado para entre R$ 2,4 bilhões e R$ 2,7 bilhões. Para a Raízen Combustíveis, a projeção dos números foi aumentada para entre R$ 1,5 bilhão e R$ 1,7 bilhão.

(Mônica Scaramuzzo e Renato Rostás | Valor)