IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Vale-Cultura não poderá ser usado para despesas com TV paga

13/03/2013 09h42

Após as críticas de setores como cinema, livro e artes cênicas, a ministra da Cultura, Marta Suplicy (foto), voltou atrás na decisão de incluir as despesas com TV por assinatura entre as financiáveis pelo Vale-Cultura, que está prestes a chegar ao mercado.

A pedido da ministra, a notícia foi comunicada pelo presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Manoel Rangel, ao cineasta Cacá Diegues, que vinha manifestando-se publicamente contra a medida. Embora Marta tenha receio das dificuldades do trabalhador da periferia em se deslocar para teatros e cinemas situados nas regiões centrais, pesou mais a importância de se apoiar a produção cultural nacional.

Marta também confirmou a mudança no direcionamento da nova política cultural durante o seminário "Praticando Soft Power: as perspectivas brasileira e britânica", realizado no Centro Brasileiro Britânico, em São Paulo, na terça-feira. Marta reconheceu que a repercussão negativa sobre a medida a levou a repensar e a alterar sua decisão, segundo informações do jornal "O Globo".

O Vale-Cultura tem um valor de face de R$ 50 e é tido como o carro-chefe da política de inclusão do Ministério da Cultura. O programa tem a ambiciosa meta de contemplar 1 milhão de trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos, ainda em 2013, e injetar R$ 300 milhões na cadeia cultural.