IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Sindicalistas apoiam plebiscito proposto pelo governo

26/06/2013 15h34

Sindicalistas deixaram a reunião com a presidente Dilma Rousseff, nesta quarta-feira, 26, com discursos diferentes. Destoando da fala dos demais sindicalistas, o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, afirmou que a presidente deu de ombros à "pauta histórica dos sindicalistas que está nas ruas" e não apresentou encaminhamentos ao término da reunião.

A visão, porém, foi contestada pelo presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, entidade próxima ao PT. "As centrais vieram aqui para discutir a questão da saída da crise e aproveitarmos esse processo de mobilização que acontece no Brasil para colocar a pauta dos trabalhadores. O senhor Paulo Pereira está distorcendo o que foi construído aqui, com a visão eleitoreira", disse Vagner Freitas. A CUT levou à Dilma o apoio à realização do plebiscito para a reforma política.

Nova reunião

O ministro do Trabalho, Manoel Dias, que acompanhou a reunião, disse que a pauta de negociação das reivindicações dos sindicalistas continuará. Uma outra reunião convocada pelo governo está prevista para o próximo mês. "Há uma mesa de negociação estabelecida", disse o ministro.

Vagner Freitas enfatizou que a CUT "surgiu e está nas ruas" historicamente e afirmou que a entidade está preocupada com a tentativa de construção de um grande movimento no país de caráter apartidário.

Na avaliação do sindicalista, um movimento iniciado pelo "sentimento da juventude" em busca de melhorias dos serviços públicos pode "correr para um movimento de direita", caso a mobilização ocorra sem ligação a partidos políticos ou entidade civil organizada.

Para Vagner Freitas, "entidades de direita conservadoras" podem levar a uma difusão dessa pauta original.