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Ibovespa perde força com virada de Petrobras, mas volume segue firme

12/08/2013 16h25

As ações da Petrobras, que ajudaram o Ibovespa a operar acima da linha dos 51 mil pontos pela manhã, agora são culpadas pela perda de força do índice nesta tarde. As ações PN chegaram a subir 3,4% logo cedo, com investidores reagindo ao lucro de R$ 6,2 bilhões apresentado pela estatal no segundo trimestre, acima dos R$ 4,5 bilhões esperados pelos analistas. Agora, os papéis recuam 2,81%, para R$ 16,60.

Uma análise mais cuidadosa dos resultados, e também as declarações dos executivos da companhia em teleconferência, justificam a virada do papel. Em relatório, o Citi apontou que sua tese de investimento nas ações da estatal no curto prazo está cada vez mais dependente de aumento nos preços dos combustíveis para aliviar a pressão sobre seu balanço e recuperar as perdas esperadas no segundo semestre.

O diretor-financeiro e de Relações com Investidores da Petrobras, Almir Barbassa, admitiu que a alavancagem deve aumentar, "sem considerar a variação cambial, em condições estáveis de mercado", caso a companhia não consiga aumentar os preços dos combustíveis novamente neste ano. Barbassa também descartou a hipótese de a Petrobras propor uma distribuição antecipada de dividendos no segundo semestre. "Vamos ver como fica a disponibilidade de caixa neste período de alavancagem crescente", afirmou.

Às 16h05, o Ibovespa marcava alta de 0,94%, aos 50.344 pontos, com volume muito forte para o horário, de R$ 7,1 bilhões. Petrobras PN (R$ 774 milhões) e Vale PNA (R$ 766 milhões, com alta de 1,06%, a R$ 31,23) concentram os negócios.

A lista de maiores altas do índice traz OGX ON (8,47%), PDG Realty ON (8,33%) e Eletropaulo PN (4,92%).

Na ponta negativa estão B2W ON (-3,91%), PetrobrasPN, ALL ON (-2,21%), e CCR ON (-2,03%). B2W devolve parte da forte alta da semana passada, quando avançou com especulações sobre seu resultado e de que poderia ser alvo de aquisição por parte da americana eBay, que está vindo para o Brasil.

Já o dólar vai às máximas do dia ante o real nesta segunda-feira, flertando com o patamar de R$ 2,29 depois de cair mais cedo a uma mínima em duas semanas, para R$ 2,265. Segundo um especialista, o reforço nas compras de dólar ocorreu conforme o mercado vendeu ações de empresas do Ibovespa, especialmente da Petrobras, e foi buscar proteção na moeda americana.

Às 16h13, o dólar comercial subia 0,48%, para R$ 2,285. Na máxima, a moeda foi a R$ 2,287 (+0,57%), depois de cair a R$ 2,265 (-0,40%).