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Câmbio ajuda e dívida líquida do setor público recua em julho, diz BC

30/08/2013 12h21

A dívida líquida do setor público não financeiro recuou em julho, apesar do déficit nominal ter alcançado R$ 21,1 bilhões. O saldo passou de R$ 1,580 trilhão para R$ 1,574 trilhão, caindo também em relação ao Produto Interno Bruto estimado pelo Banco Central, de 34,5% para 34,1%.

O comportamento da taxa de câmbio garantiu a redução, ao elevar o valor equivalente em reais das reservas mantidas pela autoridade monetária em moeda estrangeira. As reservas cambiais do BC são um ativo financeiro que entram no cálculo da dívida líquida abatendo o valor do endividamento bruto. Quando a cotação da moeda estrangeira sobe, esse ativo aumenta, ajudando a reduzir o endividamento em termos líquidos.

O dado foi divulgado nesta sexta-feira pelo BC e leva em conta União, Estados, municípios e empresas estatais, com exceção daquelas dos grupos Petrobras e Eletrobras. Os bancos estatais também não entram na conta da dívida pública líquida, pois as estatísticas se referem ao setor público não financeiro.

Dívida bruta

A dívida bruta dos governos no Brasil aumentou de R$ 2,716 trilhões para R$ 2,744 trilhões de junho para julho, informou o Departamento Econômico do Banco Central. Também houve elevação como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) estimado pelo BC, de 59,3% para 59,4%.

As operações compromissadas da autoridade monetária para regular a liquidez do sistema financeiro contribuíram de novo expressivamente para a alta, ao colocar no mercado mais títulos de dívida do Tesouro Nacional. Como proporção do PIB, o saldo dessas operações subiu de 14,5% para 15,5%. Em valores nominais, elas passaram de R$ 665,269 bilhões para R$ 716,105 bilhões.