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Greve de petroleiros começa em 39 plataformas da Bacia de Campos

Petroleiros e terceirizados fazem paralização e greve de 24 horas em São José dos Campos (SP) - Lucas Lacaz Ruiz/Futura Press
Petroleiros e terceirizados fazem paralização e greve de 24 horas em São José dos Campos (SP) Imagem: Lucas Lacaz Ruiz/Futura Press

17/10/2013 10h28

A greve dos petroleiros iniciada à meia noite teve adesão, até agora, de 39 das 46 plataformas de produção de petróleo da Petrobras, na Bacia de Campos - responsável por mais de 80% da produção de petróleo do país. No início da greve,  15 plataformas foram entregues aos petroleiros do turno seguinte sem produzir e outras 24 foram entregues produzindo. 

Procurada, a Petrobras ainda não respondeu.

Não há como confirmar que as 15 plataformas que não estavam produzindo quando entraram em greve ainda estão paradas, segundo Vitor Carvalho, diretor do Sindicato dos Petroleiros do Norte do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro). Isso porque a Petrobras enviou equipes de contingência para as unidades.

“Mas o prejuízo já está colocado”, afirmou Carvalho. “Por mais que a Petrobras negue, estas plataformas estavam sem produzir no início da greve e ficaram assim por um período de tempo”, frisou o sindicalista.

O movimento é feito em protesto contra o leilão do Campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, que acontece na próxima segunda-feira, e por avanços na campanha reivindicatória. A greve, segundo a Federação Única dos Petroleiros, envolve trabalhadores do Sistema Petrobrás, próprios e terceirizados.

Nos campos de produção terrestre da Bahia, os petroleiros anteciparam a paralisação para as 20h de ontem nas estações de Candeias, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé, Socorro, Marapé e Dom João.  

Nas refinarias de Duque de Caxias (Reduc), Manaus (Reman), Paulínia (Replan) e Mauá (Recap), os trabalhadores entraram em greve por volta das 23 horas de ontem. O mesmo aconteceu nos terminais de Cabiúnas (Norte Fluminense), Campos Elíseos (Duque de Caxias), São Caetano, Barueri e Guararema (São Paulo) e na Termorio (Duque de Caxias).

“Os petroleiros exigem a suspensão imediata do leilão de Libra, a maior e mais importante descoberta de petróleo dos últimos anos, que o governo pretende ofertar às empresas privadas no próximo dia 21”, disse a FUP em nota.

“A greve está com forte adesão”, disse João Antônio de Moraes, coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP).