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ANP: sucesso maior que esse de Libra é difícil de imaginar

21/10/2013 18h05

A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, elogiou o resultado do leilão de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos. "Sucesso maior que esse era difícil de imaginar", afirmou Magda, nesta segunda-feira, 21.

Ela comentou que o consórcio vencedor é formado por algumas das empresas de maior valor de mercado no mundo.

As chinesas CNPC e CNOOC, a francesa Total, a Petrobras e a anglo-holandesa Shell compõem o consórcio que levou o contrato de exploração e produção do primeiro leilão do pré-sal.

Segundo o ranking da consultoria PFC Energy em 2012, a CNPC controla a Petrochina, segunda maior empresa de petróleo do mundo, atrás apenas da ExxonMobil. A petroleira chinesa tem valor de mercado de US$ 264,5 bilhões.

A Shell é a terceira maior empresa do mundo, segundo esse mesmo ranking, com US$ 222,6 bilhões de valor de mercado.

Por sua vez, a Petrobras ocupa o sétimo lugar com US$ 124,7 bilhões; a Total, com US$ 121,9 bilhões, está na oitava posição; e a, CNOOC, ocupa o décimo lugar com US$ 96,7 bilhões em valor de mercado, segundo a consultoria e a partir de dados de 2012.

Para o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o leilão foi um bom exemplo de começo de exploração do pré-sal. Ele informou ainda, em entrevista coletiva, que o governo não considera mudança de operador único para os próximos leilões.

A diretora-geral da ANP revelou que apenas Mitsui e Petronas não depositaram na agência as garantias para participar do leilão.

BP

Magda Chambriard explicou que foi consultada pela BP sobre o leilão do Campo de Libra. Segundo ela, a empresa demonstrou interesse em participar, mas declinou devido ao peso das multas em decorrência do vazamento no campo de Macondo, no Golfo do México, o que tornaria muito dispendioso participar de Libra, dado o tamanho do investimento necessário.

O vazamento de Macondo aconteceu em 2010, depois da explosão da sonda de perfuração Deepwater Horizon e se tornou o maior derramamento de óleo da história.

Questionada sobre a ausência da Exxon --a maior petroleira do mundo em valor de mercado--, Magda ressaltou que a companhia não tem tradição de participar com força das rodadas de licitação de blocos no Brasil.

Tesouro

A diretora-geral da ANP também disse, durante coletiva de imprensa após o leilão, que os R$ 15 bilhões referentes ao bônus de assinatura do Campo de Libra, licitado hoje, devem ser recebidos pelo Tesouro Nacional em um mês. Segundo ela, o valor é enviado pela ANP para o Tesouro assim que a agência o recebe, na data da assinatura dos contratos. A assinatura será feita em cerimônia em Brasília com a presença da presidente Dilma Rousseff.

Próximos leilões

Magda afirmou, ainda, que o próximo leilão de uma área do pré-sal deverá ocorrer daqui a "dois ou três anos". Segundo Magda, o tamanho de Libra e a quantidade de recursos e equipamentos necessários para o campo inviabilizam outra rodada de pré-sal no ano que vem.

O ministro de Minas e Energia confirmou a informação e acrescentou que no ano que vem poderá haver uma rodada para áreas de fora do pré-sal. Lobão afirmou, ainda, que o governo não considerou frustrante a proposta única para Libra.