IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Reino Unido estimula empresas a investir no Ciência sem Fronteiras

18/02/2014 21h51

Em passagem por São Paulo, o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, disse, na noite desta terça-feira, que até o fim deste ano as universidades britânicas que recebem alunos e pesquisadores brasileiros do Ciência sem Fronteiras deverão cumprir a meta de 10 mil bolsistas. O destaque é que o governo britânico quer estimular o setor privado a investir mais no financiamento de bolsas de estudo do programa federal. Empresas, que se comprometeram a bancar 26 mil bolsas entre 2011 e 2014, estão atrasadas na concessão, com apenas, 3,6 mil auxílios.

"Já recebemos mais de 6 mil bolsistas brasileiros. Até o fim deste ano, serão 10 mil. O setor privado tem um papel vital nesse processo. A parceria [do governo britânico] com empresas permite a oportunidade de apoiar o Ciência sem Fronteiras e garantir postos de trabalho para esses talentosos estudantes e construir uma rede", disse Hague.


O governo britânico entende que os programas acadêmicos no Reino Unido atendem às necessidades das empresas brasileiras que assinaram compromisso de financiar bolsistas no programa do governo federal. Todos os estudantes que vão fazer graduação ou doutorado obrigatoriamente passam por estágio ou pesquisa acompanhada com caráter prático, de interesse das empresas brasileiras que reclamam do excesso de exigências acadêmicas aos bolsistas.
 

"A empresa vai continuar doando para o governo brasileiro para a concessão das bolsas, mas nossa proposta é criar uma rede para que os estudantes beneficiados, com potencial de futuros empregados das empresas brasileiras ou britânicas, façam estágio de acordo com interesses e necessidades das empresas patrocinadoras", disse um representante do governo inglês. "Existe um grande potencial de crescimento do engajamento do setor privado no Ciência sem Fronteiras. O setor privado não enxergou na estrutura do programa um processo para colher frutos. Esperamos que, com a nossa proposta de trabalho, as empresas possam participar mais", afirmou.