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Juros futuros caem com meta fiscal e apostam em alta menor da Selic

20/02/2014 17h51

A ausência de surpresas negativas na meta de superávit primário para este ano ? considerando tanto as premissas que a sustentam quanto os meios para alcançá-la ? abriu espaço para uma queda acentuada dos juros futuros na BM&F. As tesourarias não apenas chancelaram a aposta majoritária em redução do ritmo de aperto monetário como desmontaram apostas mais contundentes em uma alta dos prêmios de risco entre os DIs mais longos, dada o menor risco de rebaixamento do rating brasileiro. Apesar de senões sobre um ou outro ponto do plano de voo fiscal, a leitura é de que o governo finalmente acordou para o problema da credibilidade da gestão das contas públicas. A meta para este ano é obtenção um superávit primário consolidado do setor público de 1,9% do PIB (R$ 99 bilhões) - 1,55% do governo central e 0,33% de Estados e municípios. Trabalha-se com um crescimento de 2,5% este ano, ainda acima das projeções do mercado (1,79%, segundo o boletim Focus desta semana), mas bem mais realista das projeções anteriores (4,5% na lei de diretrizes orçamentárias, 4% na proposta de orçamento e 3,8% no relatório de receita do orçamento sancionado para este ano). A leitura geral dos analistas é que o governo trabalha com projeções um "pouco mais realista" tanto para o avanço do PIB quanto para as receitas. O DI para janeiro/2015 caiu de 11,13% para 11,05%. Entre os contratos mais longos, o DI para janeiro de 2017 cai 0,20 ponto percentual, passando de 12,51% para 12,31%.