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Receita líquida da JBS continuará a crescer 20% ao ano, diz CEO

21/02/2014 17h36

O CEO da JBS, Wesley Batista, reforçou hoje que a receita líquida da companhia deve continuar crescendo à taxa de 20% ao ano também em 2014. "A receita tem crescido anualmente nesses níveis. Acreditamos que vamos continuar avançando ao redor desses patamares", afirmou o empresário, em São Paulo.

De acordo com Batista, a produção de carne no Brasil deve ser o principal vetor de crescimento do faturamento da empresa neste ano, puxada pela demanda por exportações de carne bovina. "Se você me perguntar [de onde vem esse crescimento], é mais de crescimento doméstico", disse.

O empresário ressaltou, ainda, o impacto da desvalorização do dólar ante o real sobre as operações da empresa fora do Brasil. "Como temos boa parte da companhia fora do Brasil, com um real mais desvalorizado você tem um incremento da receita em reais", afirmou.

Para 2014, o empresário estimou que o JBS deve ampliar os abates de bovinos em 15%. Segundo Batista, a seca que atinge o Centro-Sul do Brasil e que já provocou uma elevação dos preços do boi gordo não é um motivo de preocupação. Segundo ele, o preço do gado "está dentro de um patamar que achamos que gera rentabilidade na pecuária". Além disso, a desvalorização do real, que beneficia as exportações de carne bovina, ajuda a compensar a alta dos preços do gado.

O executivo reafirmou, ainda, que não tem um alvo específico de aquisição neste ano. Segundo ele, a JBS só deve fazer aquisições se surgir uma oportunidade "pontual". Batista participou hoje do lançamento da nova campanha publicitária da Friboi, marca da carne bovina da JBS. O cantor Roberto Carlos estrela a campanha.

O indiciamento do presidente da holding J&F, Joesley Batista, pela Polícia Federal não respingará sobre a JBS, disse Wesley Batista. A J&F é a controladora da JBS. "Não tem nada a ver. Não tem ligação com JBS. A holding está tratando do assunto", afirmou Batista.

Conforme notícia veiculada pelo jornal O Estado de S. Paulo na última quarta-feira, Joesley Batista foi indiciado por uma "operação casada" envolvendo o Banco Original, que pertence à J&F, e o Banco Rural. Consideradas ilegais, as operações teriam envolvido empréstimos de R$ 160 milhões.