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Sirkis se lança ao governo do Rio e arma palanque estadual para Campos

23/02/2014 13h20

O deputado Alfredo Sirkis (PSB-RJ), 63, decidiu se lançar pré-candidato ao governo do Rio. Ele promete montar um palanque no Estado para a chapa presidencial de Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva.

O ex-verde disputará espaço com o pré-candidato do Pros, deputado Miro Teixeira (RJ), que se aproximou de Marina nos últimos meses e também quer concorrer ao Palácio Guanabara.

Sirkis vai sugerir que os dois mantenham suas pré-campanhas até junho e então optem pela candidatura mais bem posicionada nas pesquisas.

O deputado quer herdar o eleitorado de Fernando Gabeira (PV), que teve 20,6% dos votos em 2010, quando o governador Sergio Cabral (PMDB) se reelegeu. Ele já informou sua decisão a Marina e Gabeira, que está afastado da política partidária por contrato com a Globo News.

"Existe um sentimento de orfandade no eleitorado verde que votou em Gabeira nas últimas eleições e rejeita os pré-candidatos que estão aí. A classe média do Rio também está sem uma voz que a represente. Há um espaço vazio, e eu pretendo ocupá-lo", diz o deputado.

"Respeito o Miro, mas acho que tenho mais identidade com o eleitorado verde. De qualquer forma, quem estiver melhor em junho poderá representar bem o nosso campo político", acrescentou.

Sirkis esboçou um programa com oito pontos, que incluem a manutenção das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), a municipalização do sistema de distribuição de água e uma reforma tributária verde, com incentivos às empresas que respeitarem o meio ambiente.

Fundador do PV em 1986, Sirkis deixou o partido em outubro passado e se filiou ao PSB junto com Marina, depois que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral TSE negou o registro do Rede Sustentabilidade.

Ele foi vereador do Rio por quatro mandatos e secretário municipal de Meio Ambiente e Urbanismo na gestão Cesar Maia (DEM). Ainda pelo PV foi candidato a presidente em 1998 e ao Senado em 2006, quando ficou em terceiro lugar com 497.147 votos (6,7% dos válidos).

Na juventude, atuou na luta armada contra a ditadura militar (1964-1985) e participou do sequestro do embaixador alemão Ehrenfried von Holleben, trocado por presos políticos em 1970. Ao voltar do exílio escreveu o best-seller "Os Carbonários", em que relata sua participação na guerrilha.