Balança tem déficit de US$ 646 milhões na 3ª semana de fevereiro

A balança comercial brasileira teve um déficit de US$ 646 milhões na terceira semana de fevereiro (de 17 a 21 deste mês), informou nesta segunda-feira, 24, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). O saldo negativo resulta de US$ 3,666 bilhões em exportações e importações de US$ 4,312 bilhões, no período. No mês, o déficit chega a US$ 2,687 bilhões. Já no ano, o saldo está negativo em US$ 6,745 bilhões.

A média diária de US$ 733,2 milhões nas exportações na terceira semana de fevereiro é 16,0% inferior à média diária de US$ 863,8 milhões dos embarques realizados em todo o mês de fevereiro de 2013. Essa baixa é explicada pelas menores vendas de produtos básicos, manufaturados e semimanufaturados.

As exportações de básicos caíram 20,4% nessa comparação, de US$ 391,9 milhões da média diária de fevereiro de 2013 para US$ 312,0 milhões no acumulado deste mês. O resultado foi puxado por milho em grão, petróleo em bruto, farelo de soja, fumo em folhas, carne de frango e suína, e minério de ferro.

As vendas de produtos manufaturados, por sua vez, apresentaram baixa de 14,2%, na comparação da média diária no acumulado deste mês (US$ 287,7 milhões) com fevereiro do ano passado (US$ 335,4 milhões). Esse resultado foi encabeçado pela queda nas vendas de açúcar refinado, automóveis de passageiros, óxidos e hidróxidos de alumínio, autopeças, veículos de carga, motores para veículos e partes e pneumáticos.

Já no caso dos semimanufaturados, a média caiu 16,8%, passando de US$ 118,1 milhões em fevereiro de 2013 para US$ 98,3 milhões no acumulado deste mês. Os piores desempenhos foram verificados nos seguintes produtos: ouro em forma semimanufaturada, celulose, semimanufaturados de ferro/aço, açúcar em bruto e ferro fundido.

Importações

As importações caíram 3,3% nas três primeiras semanas de fevereiro, com média diária de US$ 904,5 milhões, ante US$ 934,9 milhões em todo o mês de fevereiro do ano passado.

As maiores quedas foram registradas em adubos e fertilizantes (-45,8%), equipamentos mecânicos (-11,8%), borracha e obras (-10,5%), veículos automóveis e partes (-9,8%), farmacêuticos (-6,7%), siderúrgicos (-6,1%) e químicos orgânicos/inorgânicos (-5,8%).