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Bovespa não define tendência, apesar de noticiário corporativo agitado

24/02/2014 11h45

A bolsa brasileira inicia a semana sem tendência, embora o noticiário corporativo já esteja carrega do de novidades nesta segunda-feira, como a confirmação da fusão entre ALL e a Rumo, empresa de logística da Cosan, a revisão de projeções de demanda da Gol e ainda o balanço do Magazine Luiza.

No exterior, o mercado reagiu mal a um dado sobre o setor imobiliário da China. Por outro lado, recebeu de forma positiva o aumento do índice Ifo de ambiente para os negócios da Alemanha.

Vale lembrar que a semana está apenas começando e reserva ainda uma enxurrada de balanços relevantes - Vale, Petrobras, Ambev, Vivo, Gol, Embraer, Cosan, ALL, entre outros - e eventos de peso, como a reunião do Copom e a divulgação dos PIBs de Brasil, EUA e Reino Unido.

Às 11h30, o Ibovespa recuava 0,18%, aos 47.294 pontos, com giro de apenas R$ 720 milhões. Entre as principais ações do índice, Vale PNA recua 1,27%, a R$ 30,22; Petrobras PN sobe 0,07%, a R$ 14,16; e Itaú PN ganha 0,38%, a R$ 31,22.

No topo do Ibovespa, apareciam ALL ON (10,42%), Kroton ON (3,14%) e Cosan ON (2,54%).

A ALL confirmou notícia antecipada pelo Valor, de que recebeu proposta da Rumo, braço logístico do grupo Cosan, para combinarem suas atividades. A operação prevê que a Rumo vai incorporar as ações da ALL. A proposta considera um valor de referência para a ALL de R$ 6,958 bilhões, equivalente a R$ 10,184 por ação, um prêmio de 56% em relação ao fechamento da ação na sexta-feira.

Para a Rumo, a proposta considera valor de R$ 4 bilhões, o que corresponde a um preço implícito de R$ 3,90 por ação. Os acionistas da ALL passarão a deter 63,5% da nova companhia, enquanto os acionistas da Rumo ficarão com 36,5%. Com a incorporação, a nova companhia será listada no Novo Mercado.

Já as ações da Kroton reagem à notícia também do Valor, de que a fusão entre Anhanguera e Kroton, anunciada em abril do ano passado, está sendo questionada por minoritários da Kroton e por analistas de bancos. "Acho que o valor da Anhanguera está muito alto, principalmente, devido ao desempenho da companhia no último ano", diz James Gulbrandsen, sócio da gestora americana NCH que tem participação na Kroton.

Há outros minoritários da Kroton insatisfeitos com as condições acordadas no ano passado, segundo o Valor apurou. A fusão prevê uma troca de ações entre as duas companhias. A razão de troca acordada na época era que cada ação ordinária da Anhanguera valeria 1,36429 ação da Kroton. De lá para cá, os papéis da Kroton subiram 50,7% enquanto os da Anhanguera caem 6%.

Na ponta negativa, estavam MRV ON (-2,65%), Braskem PNA (-2,53%) e LLX ON (-2,21%). Os ativos da Braskem seguem o movimento de baixa dos últimos pregões. O papel caiu 8,9% na semana passada e acumula baixa de 5,11% no mês até sexta-feira. A companhia aumentou o preço proposto na oferta pública de aquisição (OPA) de ações voltada aos minoritários da Solvay Indupa para 2,40 pesos argentinos por papel. O novo valor é 77% superior ao preço de 1,35 pesos por papel oferecido inicialmente.

Além disso, incertezas em relação à negociação dos contratos de nafta, sua principal matéria-prima, com a Petrobras estão pressionando os ativos. Preocupações quanto aos impactos de um eventual racionamento de energia sobre os custos também pesam.