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Ao menos 300 caminhões estão parados na BR-163 por causa de atoleiros

25/02/2014 15h40

A intensificação das chuvas nós últimos dias na região amazônica está atrasando o escoamento da soja de Mato Grosso aos terminais do Pará. Cerca de 300 caminhões da Bunge e da Cargill estão parados na rodovia federal devido a atoleiros no trecho entre Trairão e Novo Progresso.

"O problema começou há dez dias mas está se intensificando com a chegada de novas carretas", diz Kleber Menezes, presidente da Atap, associação que reúne as empresas privadas dos terminais fluviais do rio Tapajós.

Segundo ele, o Exército está trabalhando no local e dois tratores ajudam nos trabalhos de recomposição da estrada. "Há um esforço grande inclusive do Dnit, mas a chuva está pesada e os caminhões com soja não param de chegar", diz Menezes.

Esta é a primeira vez que a Bunge escoa a safra de soja de Mato Grosso pela BR-163. A decisão se deve à abertura iminente de seu primeiro terminal fluvial na Amazônia, em Miritituba, às margens do rio Tapajós, e do terminal portuário de Vila do Conde, em Barcarena.

A expectativa da Bunge é escoar 2,5 milhões de toneladas de soja por essa rota este ano e 4 milhões de toneladas a partir da próxima safra.

A Cargill, que desde o segundo semestre de 2012 vem escoando milho pela BR-163, também optou por subir a soja pela rodovia para o transbordo em seu terminal portuário em Santarém.

O escoamento de grãos pelas hidrovias da Amazônia têm sido a maior aposta do setor como forma de baratar o custo de frete, reduzir o tempo de percurso e como alternativa aos congestionamentos que levam aos portos do Sudeste do país.