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Bovespa fecha abaixo dos 47 mil pontos, afetada por Vale e Petrobras

25/02/2014 18h15

A bolsa brasileira perdeu o patamar dos 47 mil pontos nesta terça-feira, pressionada pela queda principalmente de Vale e Petrobras. A estatal chegou a iniciar o dia no azul, mas juntou-se à lista das maiores baixas no início da tarde. Ainda nesta terça-feira, a companhia divulga seu resultado no quarto trimestre. Em Wall Street, as bolsas também estão no vermelho, mas influenciam muito pouco no movimento do mercado brasileiro. O que fez preço por aqui foram as preocupações com uma possível desaceleração do setor imobiliário na China, depois que o Banco Industrial e Comercial da China parou de conceder empréstimos às incorporadoras do país. As principais commodities tiveram queda nos preços e as ações de mineradoras recuaram na bolsa de Londres. "A preocupação com o setor de construção da China foi tão forte que o mercado praticamente ignorou a informação de que o país vai bater novo recorde na importação de minério de ferro neste ano", comenta o estrategista da SLW Corretora, Pedro Galdi. Ele lembra que Vale também esteve sob efeito da expectativa do balanço do quarto trimestre, que sai amanhã. "O balanço deve vir muito bom operacionalmente, mas a última linha será afetada pelo reconhecimento de R$ 22 bilhões em impostos no Refis." O Ibovespa caiu 1,43%, para 46.715 pontos, com volume de R$ 5,306 bilhões. "Muito investidor já saiu do mercado. Quem continua está operando com tiro curto, fazendo rotação na carteira", avalia o analista técnico Clear Corretora, Raphael Figueredo. Segundo suas projeções, o Ibovespa acentuou a tendência de baixa hoje, com próximas paradas nos 46.500 e 46 mil pontos, e objetivo nos 44.100 pontos. Vale PNA perdeu 2,55%, a R$ 29,00 e Vale ON caiu 3,44%, para R$ 32,51. Bradespar PN (-2,18%), que possui ações da Vale em sua carteira de investimentos, também figurou entre as maiores baixas do Ibovespa. Entre as siderúrgicas, Gerdau PN (-1,63%), Usiminas PNA (-1,86%) e CSN ON (-3,50%) também ficaram no vermelho. No setor de papel e celulose, Klabin Unit recuou 1,01%, junto com Fibria ON (-2,22%) e Suzano PNA (-2,69%). Petrobras PN (-2,20%, a R$ 14,18) e ON (-2,63%, a R$ 13,28) abriram em alta, mas passaram a cair forte no início da tarde. A estatal divulga após o fechamento seu balanço de 2013, além do plano estratégico para o período de 2014 a 2018. Analistas ouvidos pelo Valor esperam uma queda de 40% no lucro do quarto trimestre, para R$ 4,6 bilhões. Pela manhã, a companhia informou que bateu novo recorde de produção no pré-sal, ultrapassando os 400 mil barris diários. Na ponta negativa do Ibovespa ficaram ALL ON (-6,47%), Light ON (-3,78%) e Bradesco ON (-3,53%). ALL devolveu parte da alta de quase 9% ontem, quando confirmou o recebimento de uma proposta de fusão com a Rumo, empresa de logística da Cosan. Segundo informações da "Folha de S.Paulo", os fundos de pensão Previ e Funcef e o fundo BRZ não teriam gostado da proposta. Entre as maiores altas do índice apareceram Anhanguera ON (5,23%), seguida de Estácio ON (3,38%) e Qualicorp ON (2,00%). Anhanguera teve um dia de forte recuperação técnica, depois de oito pregões seguidos de baixa, quando acumulou perda de 19,2%. A Estácio, por sua vez, confirmou hoje que irá incorporar os cerca de 2 mil estudantes de medicina da Universidade Gama Filho, que foi descredenciada pelo Ministério da Educação (MEC) no início do ano. Além disso, o consórcio R io Universitário, formado por Estácio, Veiga de Almeida e Fatec Senac Rio, ficará com os alunos dos outros cursos e dos matriculados na Univercidade, também descredenciada. A Estácio deverá receber, ao todo, cerca de 10 mil alunos nesse processo.