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Lucro da American Tower cai 26% no trimestre para US$ 99 milhões

25/02/2014 13h50

A American Tower, uma das principais companhias do segmento de gestão de torres de telefonia, fechou o quarto trimestre com lucro líquido de US$ 99,9 milhões, o que representou uma queda de 26,3% em relação ao quarto trimestre do ano anterior.

Os gastos da companhia com a ampliação das operações na América Latina e a flutuação cambial contribuíram em parte para esse resultado.

A companhia destacou no relatório enviado à Securities Exchange Commission (SEC) o crescimento orgânico de 8,7% no mercado americano e de 13,5% nos mercados internacionais, além da compra de 10 mil torres, adquiridas nos EUA, no México e no Brasil. A companhia também concluiu a construção de pouco mais de 2 mil torres em 2013, fechando o ano com 67 mil torres em seu portfólio.

A receita da American Tower no quarto trimestre aumentou 22,6%, para US$ 942 milhões. A margem bruta com aluguel e administração de torres cresceu 23%, para US$ 692,4 milhões. As despesas de vendas, gerais, administrativas e de desenvolvimento totalizaram US$ 116,9 milhões no período, incluindo US$ 14,6 milhões de gastos com remuneração de ações.

No quarto trimestre, a American Tower teve um gasto de US$ 4,07 bilhões e assumiu uma dívida de US$ 1,58 bilhão para fechar a compra de 4.869 torres nos EUA e 4.241 torres no mercado internacional, sendo 2.178 no Brasil e 1.496 no México.

Em agosto, a empresa anunciou a compra de 4,5 mil torres da NII Holdings, que controla a Nextel no Brasil, por US$ 811 milhões. Desse total, a companhia comprou 2,8 mil torres no Brasil da Nextel, por US$ 413 milhões. Em setembro, a companhia fechou outro acordo para adquirir a MIP Tower Holdings por US$ 4,8 bilhões, incluindo uma dívida da empresa. A MIP Tower, controladora da Global Tower Partners, possui e opera 5,4 mil torres de telefonia, 800 propriedades em torres de comunicações de terceiros e administra direitos de uso sobre mais de 9 mil torres.

O lucro operacional aumentou 4,9%, para US$ 292,9 milhões. No período, a companhia registrou uma perda não recorrente de US$ 60 milhões associada às flutuações de moedas estrangeiras em relação ao dólar, especialmente o real e o peso mexicano. O lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização aumentou 19,9%, para US$ 600,1 milhões.

Para o ano de 2014, a companhia projeta receita entre US$ 3,82 bilhões e US$ 3,91 bilhões, frente aos US$ 3,36 bilhões alcançados em 2013. O lucro líquido está estimado entre US$ 765 milhões e US$ 805 milhões, em comparação aos US$ 551,3 milhões do ano passado.