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Confiança do varejo cai pelo 3º mês consecutivo, diz FecomercioSP

24/04/2014 11h10

O aumento da inflação e a consequente queda na renda real do consumidor e o crescimento pouco expressivo da atividade reduziu pelo terceiro mês consecutivo o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), medido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

O indicador, que mede a confiança no varejo da cidade de São Paulo, caiu 1,66% para 109,07 pontos em abril, na comparação com março. O resultado se aproxima de cem pontos ? que é o limite entre pessimismo (quando fica abaixo dessa marca) e otimismo (acima). Na comparação com abril do ano passado, a queda foi ainda maior, de 9,57%.

Tanto grandes quanto médias e pequenas empresas estão menos confiantes, mas a situação é mais grave entre as que têm até 50 empregados. Nesse grupo, o índice caiu 1,70%, para 108,47 pontos, quase seis pontos a menos do que junho (114,41 pontos) do ano passado, quando as manifestações populares corroeram a confiança dos pequenos empresários. Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, o otimismo das pequenas está em queda praticamente desde outubro do ano passado.

A diferença de confiança entre grandes e pequenas, de 27,62 pontos, é a terceira maior da série histórica, iniciada em março de 2011. Essa diferença, em alta desde o final do ano passado, significa que as pequenas empresas consideram que o ambiente de negócios está se tornando hostil mais aceleradamente.

Entre as empresas maiores, a queda da confiança está em ritmo menos acentuado. O indicador baixou aos 136,09 pontos, queda de 0,16% em relação a março.

A FecomercioSP constatou que, embora haja pessimismo em relação ao momento atual ? o indicador das Condições Atuais do Empresário do Comércio (Icaec) perdeu 2,47% para 84,33 pontos ?, os empresários estão mais confiantes em relação ao futuro. O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (Ieec) perdeu 1,58% no período para 141,54 pontos. Para a entidade, embora ainda em patamar elevado, a confiança futura deve continuar em queda caso a inflação continue elevada.