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Dólar zera queda e passa subir, seguindo piora externa por Ucrânia

24/04/2014 11h25

O dólar não só zerou a queda de mais cedo, como passou a subir frente ao real nesta quinta-feira, 24. A virada nas cotações ocorreu em sintonia com a piora do humor no exterior, em meio ao aumento das tensões entre Ucrânia e Rússia.

Ainda assim, o real mostra um desempenho melhor do que boa parte de seus pares, influenciado principalmente pela perspectiva de mais ingressos de recursos de investidores, em busca do elevado juro brasileiro. As atuações recorrentes do Banco Central e, neste fim de mês, de agentes visando lucros com a queda da cotação também colaboram para limitar o apetite por dólares.

Às 11h10, o dólar comercial tinha variação positiva de 0,08%, para R$ 2,2280. Mais cedo, a taxa chegou a cair para R$ 2,2140 e subiu na máxima a R$ 2,2300.

No mercado futuro, o contrato de dólar para maio, que vence no próximo dia 2, registrava leve alta de 0,20%, para R$ 2,2315, enquanto o dólar para junho ? que passará a ser a referência ? zerou a queda e operava estável, a R$ 2,2500.

No exterior, o dólar mostra um desempenho de modo geral mais forte em relação a outras divisas emergentes e relacionadas às commodities. O rand sul-africano e o peso mexicano, por exemplo, perdiam 0,52% e 0,48%, respectivamente. Os dólares australiano e neozelandês recuavam 0,27% e 0,23%. O mercado reage à notícia de que a Rússia fará exercícios militares perto da fronteira com a Ucrânia, levando o governo de Kiev a interromper ações no leste do país, por temer ataques.

BC

Do lado doméstico, as intervenções do Banco Central ajudam a limitar a alta do dólar. O BC vendeu todo o lote de quatro mil contratos de swap cambial tradicional ofertado em leilão nesta quinta, em operação que movimentou o equivalente a US$ 198,2 milhões. Com isso, o BC elevou a US$ 87,956 bilhões a posição vendida em dólar junto ao mercado por meio desses papéis.

O BC fará, ainda hoje, um leilão de rolagem de 10 mil contratos de swap cambial tradicional que por ora vencem no início de maio. A oferta será distribuída entre os vencimentos 1º de abril de 2015 e 1º de julho de 2015. Ontem, o BC rolou todos os 10 mil papéis ofertados em leilão.