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FAO e OMS querem aumentar controle arsênico no arroz

17/07/2014 15h10

A Comissão da Codex Alimentarius, a agência das Nações Unidas responsável por padrões de alimentos, aprovou novas medidas para proteger a saúde dos consumidores ao redor do mundo, incluindo os níveis máximos aceitáveis de chumbo nas fórmulas infantis e de arsênico no arroz.

A recomendação é que não mais de 0,01 mg de chumbo esteja em cada quilo de fórmula infantil quando consumida. Para o arroz, o nível máximo permitido de arsênico ficou estabelecido em 0,2 mg por quilo.

Operado conjuntamente pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), a Comissão da Codex Alimentarius estabelece padrões internacionais de segurança alimentar para promover alimentos mais seguros e nutritivos para os consumidores. Normas do Codex servem como base para a legislação dos países e para fornecer os parâmetros de segurança alimentar para o comércio internacional de alimentos.

A Codex diz que o chumbo existe no ambiente e pode ser encontrado em pequenas quantidades nas fórmulas infantis. Mas ele pode ter efeito negativo na saúde, principalmente de bebês e crianças, ao retardar o desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso, incapacitando o sistema de aprendizagem.

No caso do arsênico, a Codex afirma que pode causar lesões cancerosas e de pele. Também tem sido associado a efeitos negativos sobre o desenvolvimento, doenças do coração, diabetes e danos no sistema nervoso e no cérebro.

O arsênico está presente em níveis elevados naturalmente nas águas subterrâneas e em solos de algumas partes do mundo e pode entrar na cadeia alimentar quando é absorvida pelas plantas. "A contaminação por arsênico no arroz é particularmente preocupante em alguns países asiáticos, onde os campos do cereal são irrigados com água subterrânea contaminada. Melhoria das práticas agrícolas e de irrigação podem ajudar a reduzir a contaminação por arsênico, por exemplo, crescendo em canteiros em vez de campos alagados", diz o comunicado da comissão